Mercado de trabalho é marcado por individualismo e competição

Professor da UnB ainda diz que, em todo o mundo, empresas preferem profissionais polivalentes e multifuncionais

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O mercado de trabalho mundial apresenta duas características importantes: a competição globalizada e o culto ao individualismo, de acordo com o professor da UnB (Universidade de Brasília), Mário César Ferreira.

E essas características são resultado de um cenário de transformações aceleradas. “A configuração do mundo do trabalho é cada vez mais volátil”, disse o professor, segundo a Agência Brasil, durante o seminário Trabalho em Debate: Crise e Oportunidades.

Ele destacou ainda a crescente expansão de estruturas enxutas nas empresas, dos autônomos, do terceiro setor, do trabalho em domicílio e do trabalho feminino, bem como a exclusão de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fortemente especializados no mercado de trabalho. “As organizações preferem perfis polivalentes e multifuncionais”.

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Mudança na educação

As mudanças no mercado de trabalho também afetam a formação dos profissionais. De acordo com o professor, a escolarização clássica amplia-se para a qualificação contínua e a ultraespecialização, para a multiespecialização.

O que se espera do profissional, segundo Ferreira, é que ele se mantenha atualizado, maneje equipamentos altamente tecnológicos, relacione-se socialmente e lide com problemas menos estruturados. Além disso, é preciso saber trabalhar em equipe, o que é difícil em meio à ideologia ao individualismo.