Maioria dos profissionais afirma não sentir discriminação no trabalho

Já entre os profissionais desempregados, 43,8% disseram ter presenciado algum preconceito quanto ao nível social, gênero, idade ou raça

Luiza Belloni Veronesi

Publicidade

SÃO PAULO – Mais de 73,5% dos profissionais que estão empregados disseram não ter percebido discriminação ou preconceito no ambiente de trabalho. Por outro lado, 43,8% das pessoas que estão fora do mercado de trabalho afirmaram ter presenciado algum preconceito quanto ao seu nível social, condição física, raça, gênero ou idade. É o que revela a pesquisa realizada pelo Guia Salarial 2012 da Hays em parceria com o Instituto Insper.

Entre os entrevistados empregados, o estudo mostra que os fatores de discriminação mais percebidos foram por renda e classe social, citado por 35,56%, gênero, 33,3%, e idade, com 30,4% das respostas. Já para as pessoas que estão atualmente desempregadas, a idade foi a causa mais citada para a discriminação, com 48,2%, seguida pela renda ou classe social, 35,7%, e gênero, com 29,46%.

Gênero, idade e raça
A percepção de algum tipo de discriminação é mais comum entre as mulheres que os homens e para a faixa de idade entre 41 e 50 anos, em relação aos mais jovens ou mais velhos. Sobre o preconceito de gênero, há maior percepção entre mulheres, 45%, que por homens, 26,7%. Já o preconceito de idade, mais da metade dos profissionais com mais de 50 anos perceberam essa discriminação e apenas 28% dos entrevistados entre 31 e 40 anos perceberam esse tratamento no ambiente corporativo.

Continua depois da publicidade

O preconceito racial é mais citado por homens do que por mulheres, com respectivamente, 27,7% e 15,8%. “Por esses dados, podemos concluir que o preconceito é apontado por quem o sofre. Há mais percepção por parte das mulheres sobre a existência de discriminação de gênero. Quanto ao de idade, são os profissionais com mais de 50 anos que percebem algum tipo de preconceito”, afirma a professora do Insper, Regina Madalozzo.

Já entre os profissionais desempregados, no que diz respeito à diferença entre gêneros, a discriminação ou preconceito também é mais percebido pelas mulheres, 57,5%, do que pelos homens, 37,6%, mas com um índice maior em comparação aos profissionais que estão no mercado.