Maioria dos estrangeiros mudaria de país por tempo indeterminado

Tendência imigratória atinge com maior intensidade os executivos que vivem na Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Para fugir da crise econômica, os profissionais estrangeiros deixariam seu país. Uma pesquisa realizada pela Cateton, consultoria especializada na busca por profissionais, revelou que 88% trocariam de país por tempo indeterminado.

A tendência imigratória atinge com maior intensidade os executivos que vivem na Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda.

O Country Manager da Catenon no Brasil, Ignácio Saltor, explica que eles estão dispostos a mudar mesmo que isto não represente um aumento salarial. “Para 58% dos executivos entrevistados, a experiência no exterior é mais válida pelo crescimento pessoal e profissional que certamente trará, ficando em segundo plano a questão da remuneração”.

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Destino
Entre os destinos favoritos para a mudança, 44% disseram que preferem ir a outro país da União Europeia. A Ásia (15%) e os Estados Unidos (15%) também estão bem cotados para uma futura experiência profissional.

Entre os mercados emergentes, no entanto, o Brasil é o preferido por 47% dos executivos entrevistados, que encontram por aqui um País mais receptivo ante aos estrangeiros e uma cultura de mais fácil assimilação. “Inicialmente, o idioma português pode ser um obstáculo para os europeus que veem ao País, mas em geral a adaptação é muito boa”, aponta Saltor.

As oportunidades para a carreira (46%), os hábitos e a cultura (31%), e a estrutura de saúde e educação para a família (13%) são os aspectos mais considerados pelos executivos no momento de avaliar uma proposta de emprego no exterior.

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“O Brasil sempre despertou o encanto do estrangeiro que vinha ao País por turismo, mas as oportunidades de carreira e a qualidade de vida também estão sendo grandes atrativos brasileiros para os profissionais que buscam uma alternativa segura à crise europeia”, conclui.