Longe da hipocrisia, beleza pode, sim, seduzir chefes e contratantes, mas não é tudo

"Acredito que a beleza ajude, mas, se a pessoa não tiver competência, não adianta", avisa diretora da Vox

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – É politicamente correto não levar em conta a beleza de alguém no processo seletivo ou no dia-a-dia do trabalho. Afinal, o que importa é o currículo, as experiências de vida e profissionais do candidato. E é igualmente um pecado privilegiar um ou outro funcionário dentro de uma equipe por conta de sua beleza. Ora, estamos no século XXI! Mas vamos encarar a realidade: mesmo inconscientemente, a aparência acaba contando pontos na opinião de alguns chefes. A análise é da sócia-diretora da Vox – Gestão de Pessoas, Angela Mota Sardelli.

“Pessoas magras demais, que não passam uma impressão de saúde, ou obesas, com dentes tortos, sujos e até amarelados. Tudo isso é avaliado sim. Mas é politicamente correto dizer que a aparência não importa. Na verdade, o contratante ou chefe acaba seduzido, sem querer, pela beleza de um candidato ou funcionário. Por isso, acredito que a beleza ajuda, sem sombra de dúvida, mas, se a pessoa não tiver competência, não adianta. Ela tem que mostrar a que veio”, afirma.

“Há anos coordeno processos seletivos para empresas. Ninguém diz claramente que não deseja contratar um funcionário com problema de obesidade, por exemplo, mas, ao visitar a empresa, a gente sente o perfil dos colaboradores. Já visitei empresas em que todos eram muito jovens. Nesse caso, é claro que não vou contratar um profissional muito mais velho. Porém, só a aparência não é suficiente. É uma nota provisória que a empresa terá que pagar lá na frente”, exemplifica Angela.

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Cuidando da aparência

“Ninguém precisa ter aquela beleza tradicional, mas o cuidado, para passar uma boa impressão, é fundamental”, complementa a diretora. Esses cuidados começam pela higiene. Cortar as unhas e mantê-las limpas, não deixar a barba por fazer, cuidar de problemas de caspa e problemas na pele, como a acne, não exagerar no perfume, usar desodorante e usar um aparelho no caso de dentes muito tortos, que podem, inclusive, atrapalhar a comunicação, são exemplos. Já quem tem o hábito de fumar não pode ficar exalando cheiro de cigarro.

As mulheres devem tomar cuidado com roupas apertadas ou transparentes em demasia e alças de sutiã aparentes. Já pessoas de ambos os sexos devem evitar aquelas calças jeans rasgadas. Na hora de se vestir, tenha em mente o local de trabalho. Isso significa que se você trabalha em uma empresa de design, onde todos usam jeans, trabalhar de terno pode causar má impressão. O bom senso é a palavra de ordem.

Com relação à saúde, as empresas têm valorizado o equilíbrio, na opinião de Angela. Portanto, fazer dieta e procurar uma academia são boas idéias para quem está acima do peso. Por sua vez, quem está exageradamente abaixo do peso pode contar com a ajuda de um nutricionista ou médico e também praticar exercícios físicos.

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Vaidade

Dosar a vaidade é essencial. Pessoas vaidosas ao extremo são associadas à futilidade. Isso significa que ficar retocando a maquiagem a todo momento, só falar de regime e, inclusive, deixar de comer nos eventos sociais e ficar dando dicas aos colegas sobre malhação o tempo inteiro são equívocos.

Para concluir, Angela lembra que, se a beleza seduz e, sem querer, acaba pesando nas escolhas das empresas, o bom humor tem um peso ainda maior. “Pela minha experiência, posso assegurar que bom humor é fundamental. Sem ele, não há como se manter em um emprego”, finaliza.