Líder: quais os maiores erros que esses profissionais cometem?

Especialistas explicam que o líder é aquele que inspira sua equipe; feedback público, por exemplo, não deve ser feito

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Boa parte dos profissionais quer chefiar. Subir de posição e liderar uma equipe, porém, não é uma tarefa tão simples e requer o desenvolvimento de diversas competências. Vale a pena, portanto, identificar quais os maiores erros que os líderes cometem, para evitá-los e ser um chefe de sucesso.

Para começar, líder é aquele profissional que inspira a sua equipe, fazendo com que eles se sintam parte de algo e não apenas meros funcionários que têm a obrigação de entregar as demandas. “Ele faz com que as pessoas trabalhem por vontade própria e não que entreguem porque o chefe mandou”, avalia o gerente geral de vendas da SalesWays no Brasil, Enio Klein.

Essa é uma das principais características dos líderes, ou seja, eles conseguem motivar e inspirar as pessoas de tal forma, que elas não se sentem empregados obedecendo um chefe, mas sim profissionais que fazem parte de um grande objetivo. Essa, inclusive, é uma característica que diferencia os simples chefes dos grandes líderes.

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As lideranças, porém, nunca são perfeitas. Pensando nisso, a diretora de recursos humanos da Radix, Mônica Paiva, citou uma série de falhas que podem ser observadas na atuação dos líderes. Confira:

O feedback público – se o gestor quiser criticar algum membro da sua equipe, ele não deve fazer publicamente. Antigamente havia um pensamento, entre a maioria dos chefes, de que a crítica em público servia para alertar os demais funcionários, mas isso não existe mais, conforme explica Mônica.

Na prática, se o chefe der uma bronca ou cobrar mais eficiência de um profissional na frente dos outros funcionários, ele só vai gerar um sentimento de revolta na equipe. “Os funcionários pensam assim: se ele fez isso, vai fazer comigo também”, diz Mônica. Dessa forma, o líder desmotiva a pessoa que recebeu a crítica e ainda instaura o medo nos demais membros da equipe.

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Esquecer os pequenos detalhes – Mônica ainda comenta que muitos chefes só parabenizam os grandes feitos e a entrega e finalização dos grandes projetos, esquecendo os pequenos detalhes, os pequenos trabalhos e as pequenas entregas. Na ânsia por conquistar grandes números e grande feitos, eles se esquecem de notar os detalhes.

O fato é que reconhecer os trabalhos menores mostra para a equipe que o chefe está atento ao trabalho dos funcionários; isso, inclusive, cria um saudável ciclo. Ou seja, ao ser reconhecido pelas pequenas entregas, os funcionários vão sempre querer fazer mais e melhor, pois entendem que seu chefe está notando seu trabalho.

Elogiando – na mesma linha do item anterior, elogiar um membro da equipe na frente dos demais é uma atitude bastante positiva, mas que nem sempre é tomada. “Com isso, o chefe mostra para os demais que sabe reconhecer o bom trabalho”. Ao fazer isso, ele também estará dando dicas de como quer que o trabalho seja feito. “Se ele elogia um trabalho, os outros funcionários entendem o que o chefe entende como bom”, diz Mônica.

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Quem contratar – ao contratar um profissional, o gestor também pode errar. Não é recomendado contratar pessoas iguais a você nem evitar contratar aquelas que são tecnicamente melhores. De acordo com Mônica, o gestor não deve escolher um profissional que tem habilidades exatamente iguais às suas, nem que tenha um perfil muito parecido.

Na prática, é importante aproveitar a diversidade, ou seja, se o gestor for mais extrovertido e expansivo, vale a pena contratar um profissional que seja introvertido. “Você acaba aprendendo a lidar melhor com as diversidades”, diz Mônica. Além disso, não se deve ter medo de contratar profissionais muito qualificados, pelo receito de que um dia irão roubar seu lugar. O líder deve se preocupar em criar sucessores, caso contrário, ele também não vai sair do lugar.

Qualidade de vida – por fim, o líder deve aprender a viver, equilibrando as diversas esferas da vida. “Um gestor que não sabe cuidar muito de sua qualidade de vida, acaba sobrecarregando os outros funcionários”, diz Mônica. Nesse sentido, ele deve ser um exemplo para sua equipe. Se o líder trabalha até as 22h todos os dias, sua equipe se sente na obrigação de ficar também.