Jogador com salário de R$ 650 mil mensais se declara “pobre” à justiça

É o caso do jogador Leandro Damião, recém-contratado pelo Cruzeiro, que, em processo contra o seu ex-clube Santos, afirmou ser "pobre" e "não poder pagar os custos do processo sem prejudicar sua família" após alguns meses sem receber salário

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Dilma Rousseff deve ter tomado um susto gigantesco. Apesar de toda as propagandas afirmarem que “País rico é país sem pobreza”, agora quem recebe R$ 650 mil mensais e que mora em uma mansão está se declarando “Pobre” – jogando na miséria 99,9% da população brasileira. 

É o caso do jogador Leandro Damião, recém-contratado pelo Cruzeiro, que, em processo contra o seu ex-clube Santos, afirmou ser “pobre” e “não poder pagar os custos do processo sem prejudicar sua família” após alguns meses sem receber salário. Cotado para ser camisa 9 da seleção na Copa de 2014, parece que Damião não apenas viu seu futebol desaparecer (em uma má-fase que dura dois anos), como também todo o seu dinheiro. 

Não é comum que um jogador de futebol vá para a pobreza no final de carreira – culpa da má gestão financeira -, mas durante a carreira é novidade. Afinal, o seu salário equivale a 325 meses da remuneração média nacional – e 10 anos sem receber provavelmente o faria pobre. Isso sem considerar a possibilidade que ele guarde e invista. 

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Se declarar pobre é uma manobra para que consiga romper seu contrato com o Santos – como outros jogadores do clube também o estão fazendo. O salário de Damião no Cruzeiro seria menor do que no Santos – parcialmente por conta da expectativa com o seu futebol ser muito menor do que antes. 

Seu comunicado para a justiça pede para obter gratuidade de justiça, afirmando que não dispõe de rendimento suficiente para pagar as custas sem prejuízo para sua família. “Visto que não venho recebendo salários, sendo, desta forma, considerado pobre, na acepção jurídica do termo”. 

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