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SÃO PAULO – Os funcionários japoneses, principalmente aqueles viciados em trabalho, deveriam pensar primeiro em reduzir sua extensa jornada para depois introduzir o sistema de horário livre. Essa é a conclusão de um estudo da Labor Lawyers Association, uma espécie de Departamento do Trabalho no Japão.
“Antes de introduzir esse sistema, o ministério deve criar condições de trabalho
humanamente aceitáveis”, disse um dos membros da Associação, Kosuke Hori.
Pressão por resultados
De acordo com o levantamento, um em cada quatro homens no Japão, com idade entre 20 e 50 anos, declara que trabalha mais do que 60 horas por semana, uma média de 10 horas diárias, se forem consideradas seis dias de expediente.
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Entre os motivos alegados para estender a jornada, 80% dos pesquisados disseram que não conseguem cumprir com todas as suas obrigações durante o horário normal. Alguns revelam que se sentem pressionados pela chefia para fazer horas extras, pois se sentem incompetentes se não o fazem ou até recebem ameaça direta de demissão.
Tanto excesso de trabalho acaba afetando a vida pessoal, e é um dos motivos apontados para o aumento de divórcios, por exemplo.
Além das entrevistas, o relatório se baseou nas estatísticas governamentais para saber como andam as condições de trabalho no Japão.
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Sistema americano
Autoridades do Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência têm discutido a possibilidade de introduzir no país o chamado sistema americano, com jornadas flexíveis, ou um sistema autônomo em que as pessoas podem escolher o quanto vão trabalhar.
Os empregadores pagam pelos resultados apresentados e não pelo número de horas acumuladas. Dessa forma, um funcionário trabalharia 24 horas seguidas, por exemplo, se estivesse extremante ocupado, mas poderia ficar apenas uma hora trabalhando em um dia que não precisasse realizar tantas tarefas.