Isolamento e pouco papo no trabalho? Veja de que forma isso prejudica a carreira

Existes profissionais que realmente são tímidos, enquanto outros são levados ao isolamento devido à dinâmica da empresa

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Existem pessoas que realmente são mais tímidas e inseguras e, por isso, acabam naturalmente se isolando no ambiente de trabalho. Outras, levadas pela dinâmica da empresa à competitividade, também acabam por demonstrar o mesmo comportamento.

De acordo com a consultora de RH da Catho Online, Gláucia Santos, essas são as duas maneiras de acontecer o isolamento dos profissionais nas empresas. Eles quase não puxam papo, ficam apenas em sua baia, não circulam, consultam pouco os superiores e quase não pedem ajuda aos colegas.

As atitudes, porém, acabam por prejudicar o profissional. “Ele deixa de mostrar o trabalho dele para os demais, ou de mostrar interesse. Por mais que faça um bom trabalho, ele fica limitado, não recebe muito bem as instruções, porque não pergunta, e também não coloca as dúvidas”, explica.

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Revertendo a situação

Por ser uma situação prejudicial, o isolamento deve ser evitado e revertido. De que maneira? A resposta de Gláucia inclui a atitude de o profissional reconhecer o fato e tentar se integrar. “Deve identificar quem tem o perfil mais parecido com o dele e colocar para os outros que é mais reservado”.

Já o gestor, num momento como este, tem que entender o perfil do funcionário que contratou. “Ganhando confiança fica tudo mais tranquilo”. Em relação aos colegas de trabalho, nada de fazer brincadeiras ou o tímido poderá ficar mais retraído.

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Quando o isolamento é decorrente de um problema da empresa, aí só a mudança de cultura mesmo para que o profissional se sinta mais a vontade. “Quando é de um departamento, o gestor tem que tomar medidas para mudar isso e encontrar maneiras de integrar o grupo”, diz Gláucia.

Cenário nas empresas

De acordo com Gláucia, o isolamento acontece nas empresas, mas costuma ser mais forte quando há mudanças de emprego ou de gestor. “O isolamento total acontece quando há conflito, para que o profissional preserve o próprio emprego ou se preserve”, afirma.

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Inclusive, este é o único caso em que Gláucia indica o isolamento, quando o ambiente de trabalho não estimula o desenvolvimento do profissional – há muitas fofocas, competição, distração. “É melhor se afastar para não ser contaminado”.

Quando a situação se torna inaceitável e o profissional sente desconfiança por parte dos colegas, a tendência é que procure um outro emprego, mesmo gostando daquilo que faz, tamanha a importância de um ambiente saudável para a carreira.

O isolamento ainda pode acontecer na empresa quando há uma diferença muito grande nos grupos. “Pessoas de áreas diferentes, de idade diferentes, de níveis hierárquicos diferentes”.

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Líder isolado

Quando o isolamento vem por parte do líder, a situação é mais grave ainda. “As pessoas terão uma boa relação entre elas, mas nenhuma abertura com ele. Para ser um bom gestor, tem que se comunicar. Se não acontece de forma clara, perde-se o referencial de liderança”.

As consequências disso? Falta de confiança, de liberdade para a criatividade e de integração com a equipe.