Ipea: mais ricos representam apenas 5,2% dos desempregados

De acordo com dados, os 20% mais pobres tinham uma representatividade de 40,4% no desemprego em julho

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Em julho deste ano, os 20% dos brasileiros mais ricos representavam apenas 5,2% do desempregados no Brasil, enquanto os 20% mais pobres tinham uma representatividade de 40,4%, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

De acordo com os dados, em março de 2002, os 20% mais pobres eram 25,6% do desemprego total e os 20% mais ricos, 9,7%. No mesmo período de tempo, os 40% mais pobres passaram de 50,6% para 65,2% do desemprego total.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (22), levam em consideração a taxa de desemprego nas principais regiões metropolitanas do Brasil (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife).

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Desemprego por faixa de renda

Entre julho de 2002 e deste ano, a pesquisa mostra que a taxa de desemprego entre os pobres cresceu 10%, para 23,1%, enquanto a taxa para os não pobres aumentou 34,3%, para 4,4%.

No primeiro décimo da população na distribuição de renda, que diz respeito aos mais pobres, a taxa de desemprego passou de 11% para 42,5% entre março de 2002 e julho deste ano, enquanto para o segundo (de 34,8% para 20,1%) e para o terceiro (de 24,1% para 14,6%) houve queda.

Já no topo da pirâmide de distribuição pessoal de renda, o desemprego caiu ainda mais. Entre os 10% mais ricos, por exemplo, a taxa foi de 3,3% em março de 2002 para 1% em julho deste ano.

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“Nesses termos, nota-se que o desemprego concentra-se, sobretudo, na base da pirâmide social. O enfrentamento da desigualdade de renda, bem como da pobreza, constitui etapa inegável da luta contra o sofrimento humano dos desempregados no interior do mercado de trabalho”, concluiu o estudo.