Grande parte das empresas não deve mudar plano de incentivo de longo prazo

Pesquisa mostrou que 34% delas não devem mudar o plano, enquanto 27% modificarão as modalidades usadas

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Grande parte das empresas brasileiras deve manter inalterados os planos de incentivos de longo prazo em 2009 e 2010, conforme revelou estudo realizado pela Mercer com cerca de cem profissionais da área de Recursos Humanos, durante seminário promovido pela consultoria.

De acordo com os dados, dentre as empresas que possuem um plano de incentivo de longo prazo (57%), 34% não farão nenhum tipo de alteração no plano. Outras 27%, por sua vez, modificarão o tipo de plano.

“O processo dominante de remuneração variável no mundo todo é baseado em modelos de ações, mas, em função da crise econômica e da volatilidade das bolsas, algumas empresas estão preferindo adotar algumas ferramentas desvinculadas do valor das ações, que são os bônus de longo prazo”, afirmou o consultor sênior da área de Capital Humano da Mercer, Joaquim Patto, em referência aos incentivos de longo prazo.

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Tipos de planos

Entre os incentivos de longo prazo, existem os baseados em ações, como “stock options” (opção de ações), em que a pessoa tem o direito de comprar papéis por um preço fixo em determinados períodos. Também existem as ações restritas, nas quais existe um prazo mínimo para venda, por exemplo.

Uma outra alternativa usada pelas empresas são as ações por performance, que são similares às restritas, porém com a concessão atrelada ao alcance de metas mínimas de desempenho. Outra forma de incentivo é a opção de ação fantasma, que nada mais é do que o pagamento em dinheiro ou em unidades fictícias, baseado no crescimento da empresa em determinado período.

Além da renda variável, existe o bônus de longo prazo, que nada mais é do que um benefício pago num prazo maior pelo alcance de metas.

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Mudanças

A pesquisa ainda detectou que 24% dos profissionais de RH consideram que haverá mudança na elegibilidade, ou na escolha do profissional que contará com o benefício de longo prazo. Quanto ao preço do execício (que é o preço pré-determinado de uma ação), 8% consideraram mudança.

Outros 10% dos profissionais de RH consideraram uma mudança no prazo de vesting (de realização da opção), enquanto 13% disseram que haverá tempo máximo para exercer a opção.