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SÃO PAULO – Desempenho abaixo do desejado, corte de despesas da empresa, forma inadequada de se relacionar. Independentemente do motivo da demissão de um funcionário, os gestores devem tomar cuidado ao fazê-lo, para que todos os direitos do profissional sejam garantidos e as relações pessoais não sejam afetadas. Afinal, o líder deve dar um exemplo dentro da empresa e estar atento ao próprio comportamento.
De acordo com a analista de desenvolvimento organizacional da Caliper, Rafaela Bicheski, normalmente, o comunicado é feito no início do dia, para que o profissional tenha tempo de assinar documentos e passar por todo o processo burocrático. “O ideal é deixá-lo livre para que possa escolher por ir embora logo depois de ser comunicado”, afirmou.
Isso porque, em alguns casos, a demissão é feita de maneira inesperada e o profissional poderá se sentir constrangido. Para que o funcionário demitido não seja pego de surpresa, é importante aplicar avaliações de desempenho.
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Antes da demissão
O processo de demissão passa por três fases, sendo cada uma delas importante para que a empresa não tenha problemas trabalhistas. A primeira é a preparação para a demissão. Nesta fase, avalie se a decisão está sendo tomada com base em fatos concretos e se não há alternativas para o profissional continuar na empresa. Tenha toda a documentação pronta antes de avisá-lo sobre a demissão.
“Analise se o recolhimento do FGTS está sendo feito de maneira correta, se ele gozou das férias, se recebeu pelas horas extras. Somente depois de tudo certo o gestor deve partir para o comunicado”, disse Rafaela. Na preparação, o gestor deve analisar o que precisa do profissional: que termine alguma atividade, que treine o sucessor, que organize alguma papelada. O momento da demissão deve envolver apenas o comunicado e não tomada de decisões.
Além disso, não se esqueça do aviso prévio. O funcionário pode decidir por cumpri-lo ou não. “Ele deve ser utilizado em último caso, somente se precisa treinar a próxima pessoa que ocupará o cargo ou se existem projetos inacabados, porque, neste período, cai o rendimento do funcionário”.
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Comunicado
Comunicar é o mais delicado, quando o gestor deve avaliar o comportamento. O próprio líder da pessoa a ser desligada da empresa deve avisar sobre a demissão. “É importante, porque foi ele que contratou, fez avaliações de desempenho e agora tem que fechar o ciclo”. Para isso, escolha um local fechado e que não exponha o profissional.
“O gestor tem que ser educado e cordial. Não deve ser amigo nem muito rude. É importante estar preparado para ouvir críticas e dar dicas de como o profissional pode melhorar. Faça com tempo e com paciência, porque quando sair da boca a palavra demissão, várias idéias passarão pela cabeça do funcionário e ele perderá o foco. Então, o gestor terá que dar explicações novamente”.
Depois do desligamento
Após o comunicado, acompanhe o profissional até o RH para que ele não se sinta desamparado. Reúna a equipe e explique os motivos do desligamento, até mesmo para deixar claro qual desempenho não é admitido pela empresa.
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O gestor ainda deve refletir que o erro pode não ser somente da pessoa, mas da empresa e dele próprio, que não souberam contratar ou orientar de maneira correta o funcionário. Quanto a possíveis retaliações do profissional, deixe claro que a decisão já foi tomada.