Gestor: quando dispensar membro da equipe do aviso prévio?

Analista de desenvolvimento organizacional indica que dispensa não seja feita, se houver projeto em andamento

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Na posição de gestor, os profissionais passam pela situação de ter de avisar ao funcionário que ele está demitido, dispensando-o, ou não, do aviso prévio. De acordo com a analista de desenvolvimento organizacional da Caliper, Rafaela Bicheski, este comunicado é de direito apenas de alguns funcionários. “Estagiários e pessoas em período de experiência não têm direito ao aviso prévio”, afirmou.

A empresa deve pagar pelo período que o profissional trabalhou durante o aviso prévio, mesmo se ele for dispensado. Para Rafaela, no entanto, a opção por ter o profissional na empresa, depois de comunicada a demissão, somente deve ser feita em determinadas ocasiões, para que o relacionamento com a equipe e os projetos no ambiente de trabalho não sejam afetados. Você sabe quais são elas?

Antes de fazer qualquer tipo de restrição ao fato de o funcionário cumprir o aviso prévio ou ser dispensado, o gestor precisa levar em consideração que esta deve ser uma decisão da empresa também, já que influencia nas finanças da companhia – sobre pagar e ter um funcionário produzindo ou não.

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Treinamento e atividades

De acordo com Rafaela, o gestor deve optar pelo funcionário cumprir o aviso prévio quando ele precisa finalizar alguns projetos que já iniciou. Dessa forma, possíveis clientes envolvidos na atividade não serão prejudicados com o atraso dela. “Nem pense em delegar mais atividades, este é o momento de concluir o que já estava em andamento”. Além disso, o gestor deve manter o funcionário em aviso prévio quando ele precisar treinar outra pessoa.

“Na verdade, o ideal é utilizar os trinta dias de aviso prévio em último caso. A pessoa já não atende as expectativas da empresa, então por que segurá-la no ambiente de trabalho? Mesmo porque, em alguns casos, o rendimento cai e o profissional pode começar a fazer as coisas de qualquer jeito”, afirmou a analista.

Lembre-se também de que o aviso prévio é um direito do trabalhador – quando não demitido por justa causa -, para que não aconteça uma surpresa no momento da ruptura do contrato, possibitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado, uma nova colocação.

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Empresa indenizada

Os membros da equipe devem comunicar, obrigatoriamente, a empresa sobre sua saída com 30 dias de antecedência. Caso ele, por exemplo, consiga um trabalho novo e tenha de começar em uma semana, deverá indenizar a empresa, o que significa que a companhia poderá abater da sua rescisão o valor equivalente ao aviso prévio (salário habitual).