5 previsões de George Soros que aconteceram – ou quase

Bilionário é conhecido por transitar entre os temas mais diversos em seus palpites  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O bilionário George Soros é conhecido por fazer uma série de previsões sobre tópicos diversos – de política ao futuro do Facebook. Às vezes, ele acerta em cheio – mas nem sempre.

Investidores tendem a escutar os conselhos de Soros por conta da sua trajetória quase mítica. Ele acumulou uma fortuna próxima de US$ 40 bilhões a partir dos mercados de ações, câmbio e renda fixa. Boa parte de sua fortuna hoje é usada em doações para instituições filantrópicas – algumas delas, um tanto polêmicas.

Confira abaixo 5 das previsões mais recentes em que Soros tinha razão, total ou parcialmente.

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  1. Bitcoin é uma bolha (janeiro de 2018)

Para Soros, o termo “criptomoeda” é uma denominação incorreta. Essa desinformação, segundo ele, é uma forma típica de criar uma bolha.

“O Bitcoin não é uma moeda, porque uma moeda deve ser uma medida estável de valor. Uma moeda que pode flutuar 25% em um dia não pode ser usada, por exemplo, para pagar salários, porque os salários cairiam 25% em um dia. É uma especulação. Baseada em um desentendimento”, disse ele em Davos, segundo a Forbes.

A previsão pode ser considerada correta, já que a queda do Bitcoin até dezembro de 2018 bateu 70%. Desde então houve alguma recuperação.

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  1. Google e Facebook estão com os dias contados (janeiro de 2018)

Soros disse em uma publicação em seu site que o controle praticamente absoluto do Google e Facebook aos anúncios online seria responsável por criar “regulações mais estritas, focadas na preservação da competição, inovação e acesso universal aberto e justo”. Graças a isso, as gigantes estariam “com os dias contados”.

Ambas as companhias ainda existem, mas sofrem severa pressão de órgãos reguladores ao redor do mundo relacionadas justamente ao modelo de negócios com que operam. Parte da previsão se cumpriu.

  1. Argentina irá pagar suas dívidas (agosto de 2016)

A Quantum Partners, gestora controlada pela família Soros, investiu em títulos públicos do até então inadimplente governo argentino, confiando que seriam pagos. Os investidores do fundo tiveram retornos altíssimos desde então.

  1. Irã passará por uma “mudança de regime” (fevereiro de 2012)

Em 2012, Soros opinou que o regime presidencial iraniano não duraria o ano inteiro. O presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad foi retirado do cargo naquele ano pela eleição do reformista Hassan Rouhani.

  1. Governo britânico desvalorizará o câmbio (setembro de 1992)

O bilionário disse em setembro de 1992 que o governo britânico se veria obrigado a largar o mecanismo de avaliação cambial europeu e desvalorizar a Libra Esterlina, criando lucro para quem estava vendido na moeda.

Naquele mesmo mês, o governo britânico desvalorizou a moeda. No dia dessa tomada de decisão, Soros aumentou sua posição vendida em Libra de US$ 1,5 bilhão para US$ 10 bilhões – o lucro foi para fundos geridos por ele, e não para uso pessoal.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney