Brasileiro fundador do Instagram revela 6 conselhos para quem quer empreender

Mike fundou o Instagram com apenas 24 anos; atualmente a rede social possui mais de 1 bilhão de usuários e é uma das maiores do mundo

Mariangela Castro

(Shutterstock)

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A segunda edição da “Brazil Conference at Harvard & MIT” reuniu uma série de líderes, influenciadores e empresários brasileiros. O evento contou com a presença de Mike Krieger, um dos fundadores do Instagram.

Mike nasceu em São Paulo, se formou em programação, filosofia, psicologia e design na Universidade Cambridge e fundou a rede social em 2010, com apenas 24 anos. Hoje, o Instagram faz parte do Facebook e possui mais de 1 bilhão de usuários.

No evento, ele foi entrevistado por Júlio Vasconcelos, co-fundador do e-commerce Peixe Urbano. Confira os principais conselhos de Mike para jovens que desejam empreender:

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Considere trabalhar em uma startup antes de criar a sua

Após se formar na Universidade Cambridge, em 2008, Mike já possuía desejava montar sua própria empresa, mas não entendia muito de administração, recrutamento e plano de negócios.

Por isso, decidiu trabalhar em uma startup de tecnologia de médio porte, a Meebo, e utilizar o espaço para aprender sobre cultura e organização empresarial, antes de fundar seu próprio negócio.

“Pra mim, essa experiência valeu muito. Observar antes de fazer é fundamental”. Segundo o empresário, o que ele mais apreendeu na Meebo foi sobre como saber contratar a melhor equipe e como aproveitar “momentos de transição”.

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“Existem momentos em que sua empresa vai precisar fazer uma escolha: ou evoluir ou morrer. Por volta de 2009, o mundo estava em processo de transição do desktop para o celular”, relembra. Ao trabalhar antes em uma startup, ele pôde observar essa transição e saber como aplicá-la ao Instagram, anos depois.

Ao se formar na faculdade, Mike quase voltou ao Brasil ao lado de Júlio Vasconcelos, que também estudou em Stanford, para criarem juntos o Peixe Urbano.

É importante trabalhar ao lado de uma pessoa antes de tê-la como sócia

Escolher um bom sócio é uma das decisões mais difíceis a serem tomadas, comenta o jovem. Quando ele conheceu Kevin Systrom, em Nova York, passaram alguns meses trabalhando juntos em pequenos projetos antes de decidirem fundar uma empresa.

“A gente se encontrava todo dia, pensávamos em um aplicativo para programar e, então, fazíamos isso juntos. Muitas vezes, até deletávamos o código depois. A intenção era apenas ver como trabalhávamos e se isso funcionava, se dava certo.”

Ele também conta que, nos primeiros anos, um dos processos de seleção do Instagram consistia em trazer o candidato para a sede e deixá-lo trabalhando por um dia com o resto da equipe, para ver como ele se relacionaria com as outras pessoas.

O tamanho da equipe não é o mais importante

Nos primeiros dois anos, o Instagram possuía 30 milhões de usuários e somente 13 funcionários, sendo que apenas 6 eram engenheiros.

Para Mike, o sucesso de uma empresa não depende do tamanho de sua equipe. Mesmo em 2018, quando já possuíam mais de 400 engenheiros, ele comenta que o melhor era sempre ter os principais trabalhando juntos, em uma só sala, para facilitar a comunicação.

“Para criar os Stories foram necessárias 12 pessoas. Para o IGTV foram 14 e para o Instagram Direct foram 8. É difícil me convencer de que um grupo total de 400 engenheiros é muito mais bem-sucedido que um de 200, por exemplo.”

Sempre procure algo que possa ser melhorado

Em 2015, o Instagram já estava “indo muito bem”, mas os sócios começaram observar uma tendência mundial para compartilhamento de fotos “mais divertidas”. Era comum que as pessoas postassem apenas uma foto na rede social e comentassem “confira o resto no Snapchat”, explica o empresário.

“Percebemos que era preciso criar uma forma das pessoas compartilharem esses momentos mais efêmeros. Ficamos mais de um ano discutindo como isso seria e, em 2016, lançamos os Stories.”

Para ele, um dos segredos do sucesso é sempre questionar qual a razão de sua empresa e quais detalhes atuais podem ser melhorados.

Valorize as aulas de sua Universidade

“Quando eu olho pra trás, percebo que aprendi algumas coisas nos cursos de empreendedorismo. Mas as aulas de design, programação e ciência de computação me ensinaram muito mais. Esses espaços da Universidade são os mais importantes.”

Mike comenta que não adianta ter uma ideia e não saber programá-la – isso torna o seu negócio dependente. Para ele, é preciso valorizar o conhecimento técnico da faculdade, mesmo que o empreendedorismo se aprenda somente depois, no mercado de trabalho.

Conheça bem os riscos antes de cada operação

Uma das decisões mais difíceis que Mike teve de tomar durante a trajetória do Instagram foi vendê-lo ou não ao Facebook, em 2010. “O Insta não era exatamente uma empresa, ainda faltava setor de vendas, infraestrutura, RH… Na época, a proposta do Mark Zuckerberg foi muito boa, eles já sabiam muito sobre redes sociais e tinham uma equipe muito grande.”

No entanto, o empresário confessa que não possuía total ciência dos riscos envolvidos. Se o Facebook tivesse decidido fechar o Instagram um ano depois, ele se arrependeria muito, comenta.

“O conselho que eu dou é de que você só venda sua empresa se realmente estiver pronto para concluir este capítulo da sua vida, ou se a proposta for tão boa que, mesmo se a empresa fechar na manhã seguinte, você ainda estará satisfeito. Se eu tivesse me dado este conselho na época, provavelmente não teria vendido.”

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