Foi promovido e não aguenta mais o tranco? Mude a situação e não se queime

Sinceridade e adaptação podem ser a solução para quem está com problemas e não sabe como resolvê-los

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Nem sempre uma promoção pode sinalizar uma melhora de vida para o profissional, especialmente quando ele descobre, após poucos meses no cargo, que a nova oportunidade está mais para um fardo daqueles bem difíceis de se aguentar. Nestas horas, resolver a situação e não se queimar no mercado pode até parecer complicado, mas não impossível.

“Ao aceitar uma promoção que exigirá mais responsabilidades, o profissional precisa estar ciente do próprio desempenho para saber se conseguirá atender às exigências do novo cargo. Se após alguns meses a situação ficar complicada demais, o ideal é que ele abra o jogo com seu gestor explicando onde está tendo dificuldades”, orienta o diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa.

Segundo ele, essa é a melhor alternativa para evitar problemas na empresa e também para buscar uma solução para o impasse.

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“Ele não poderá voltar ao cargo anterior, por isso, deve explicar ao gestor quais as dificuldades que está encontrando, afinal, se o problema for técnico, o superior poderá até ajudá-lo, oferecendo um curso de aperfeiçoamento”, explica.

Coaching
Outra alternativa para quem acha que subiu alto demais está no programa de coaching. “O colaborador pode pedir para fazer parte do programa de coaching da empresa. Isso o ajudará a minimizar as falhas que estão sendo encontradas no processo de gestão”, recomenda o diretor de marketing da Michael Page no Brasil e para a América Latina, Sérgio Sabino.

Segundo ele, quase todos os profissionais que são promovidos internamente não estão completamente preparados para o novo cargo e, por essa razão, precisam de um período para se adaptar.

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“Ao promover uma pessoa, o gestor da área disponibiliza um certo tempo para que o profissional se adeque ao novo cargo e traga bons resultados. Caso o profissional promovido sinta que ainda precisa melhorar, nada o impede de buscar por conta própria uma atualização ou aperfeiçoamento no mercado”, diz Sabino.

Saiba dizer não
E se a recusa da proposta for inevitável, a dica é que o trabalhador a faça da melhor forma possível, ou seja, explicando as razões que o levaram a declinar de tal proposta.

”Se o empregado tem problemas pessoais para assumir o cargo, por conta da carga horária, de uma mudança de cidade ou viagens em excesso, ele deve deixar isso claro para o líder. Assim, não ficará com a imagem de um profissional inseguro”, diz Raffa.

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Agora, se a recusa for motivada por insegurança, não rotular o colaborador será bem difícil. “O líder pode achar que aquela pessoa é até boa tecnicamente, mas que tem receio de enfrentar novos desafios e, com isso, não oferecerá mais nenhuma oportunidade de crescimento na empresa”, explica Sabino.

Para ele, em uma situação como essa, o nome do profissional pode até ser descartado de uma promoção no futuro.

Não se demita
Quem declinar de uma proposta também deve pensar se continuar na empresa vale à pena. Entretanto, independentemente da escolha, o ideal é que o profissional não se demita, mesmo se ele estiver interessado em outras oportunidades do mercado.

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“Deixar a empresa por conta de uma promoção não é estrategicamente apropriado, pois o mercado costuma valorizar mais os profissionais que estão trabalhando no momento”, diz Raffa.

Para ele, o melhor momento para se buscar um novo trabalho é trabalhando.