Executivos mundiais não confiam nos planos adotados contra a crise

Dados mostram que 40% dos executivos seniores afirmaram que questionam os planos da empresa para responder à crise

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Booz & Company, com 828 executivos de 65 países, revelou que os profissionais nos cargos mais altos das empresas não estão certos de que suas empresas estão preparadas para atravessar a crise.

De acordo com os dados, 46% deles não acreditam que a liderança será capaz de levar o plano para enfrentar a crise adiante, enquanto 40% dos executivos seniores afirmaram que questionam os planos da empresa para responder à situação mundial.

No Brasil, a percepção dos profissionais que ocupam as cadeiras mais importantes das empresas é apenas um pouco mais otimista: 39% são céticos em relação ao plano da empresa e 35% questionam a capacidade dos líderes.

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Medidas

Na média, 36% dos entrevistados em todo o mundo disseram acreditar que as empresas não estão tomando as medidas adequadas perante a crise. No Brasil, uma proporção similar à mundial acredita que as empresas não estão tomando as medidas certas (37%).

“Há uma falta de conexão entre o que as companhias deveriam fazer durante a crise e o que estão realmente fazendo”, disse o presidente da Booz & Company no Brasil, Ivan de Souza. “Muitas empresas estáveis e fortes estão extremamente conservadoras no momento. E muitas das companhias em dificuldade deveriam estar se movimentando de forma mais agressiva para preservar o caixa”, completou.

De acordo com o estudo, em todo o mundo, 65% das companhias frágeis financeiramente não estão priorizando a preservação e geração do caixa a curto prazo. Um quarto das empresas consideradas sólidas não estão explorando as oportunidades de crescimento.

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Futuro

A pesquisa detectou que o otimismo dos profissionais em todo o mundo não está relacionado com os planos das empresas. Para se ter uma ideia, 54% dos executivos mundiais e 62% dos brasileiros acreditam que suas empresas sairão fortalecidas da crise.

Ainda em relação ao Brasil, 88% dos executivos brasileiros expressam uma visão positiva das finanças de suas empresas. “Esse otimismo provavelmente se baseia no fato de que muitas empresas ainda não sentiram o verdadeiro impacto da crise”, afirmou Souza.

Por conta da crise, medidas de responsabilidade social e ambiental serão adiadas, de acordo com 40% dos respondentes mundiais e 31% dos brasileiros.