Executivas brasileiras se sentem mais bem-sucedidas do que as do resto do mundo

De acordo com pesquisa, 72% das brasileiras se sentem bem ou muito bem-sucedidas, ante 59% em todo o mundo

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela empresa de tecnologia Accenture revelou que 72% das executivas brasileiras acreditam que suas carreiras são bem ou muito bem-sucedidas, ante uma proporção de 59% das profissionais de todo o mundo.

A pesquisa foi realizada com mais de 3,6 mil profissionais de médias e grandes empresas em 18 países da Europa, Ásia, América do Norte e do Sul e África.

Do total de executivas brasileiras que se consideram muito bem-sucedidas, 46% afirmaram que seus trabalhos requerem uma dedicação além das responsabilidades esperadas. Mesmo assim, 89% das executivas brasileiras em geral responderam que são confiantes em suas habilidades e potenciais, o que inclui capacidade de administrar prazos, delegar funções e negociar.

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Desafios

De acordo com os dados, 65% das executivas brasileiras acreditam ser desafiadas de forma insuficiente em suas carreiras, ante 67% dos companheiros do sexo masculino. Em todo o mundo, a proporção é de 46% entre elas e de 49% entre eles. Com as respostas dadas, as brasileiras empatam com as alemãs e perdem apenas para as indianas em potencial inexplorado.

Por não ter um estímulo externo, as mulheres acabam por praticar o que é chamado pela pesquisa de “autodesafio”. A pesquisa mostra que isso é feito a partir da admissão de responsabilidades adicionais e da não acomodação. Elas ainda buscam aprender novas habilidades, estão dispostas a considerar uma nova função/posição, aceitam viajar pelo mundo ou ampliar o networking e sempre procuram novos desafios.

“Esse potencial inexplorado oferece uma excelente oportunidade para as organizações, que devem estimular e engajar seus funcionários, colaborando na formação de profissionais com qualidade e capacidades diferenciadas”, afirma a líder do comitê de iniciativas para as mulheres da Accenture Brasil, Denise Damiani.

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“Por meio de uma abordagem ágil e inovadora de treinamento e desenvolvimento, as empresas podem ajudar a garantir o sucesso de seus colaboradores, especialmente no atual e complicado ambiente econômico”, completou.

Recursos

Segundo mostrou a pesquisa, entrevistados que se consideram muito bem-sucedidos lidam melhor com a tecnologia. Mais de três quartos (79%) destes profissionais disseram que confiam na tecnologia, enquanto apenas 56% dos que não estão neste grupo dos que se consideram bem-sucedidos têm a mesma opinião.

Para as mulheres, um recurso cobiçado, porém pouco explorado, é o mentoring. Apenas 14% delas disseram ter um mentor no trabalho, enquanto metade citaram a família, amigos e colegas de formação.

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Os mentores, na opinião das executivas, ajudam em vários aspectos: pensar de maneira diferente em uma determinada situação (43%), nas funções do dia-a-dia (41%) e a enxergar mais possibilidades e oportunidades (37%), além de auxiliar na identificação de novas habilidades e funções (34%), desenvolvimento de autoconfiança (34%) e encorajamento para o crescimento (32%).

“As organizações que desejam desenvolver e estimular os seus colaboradores precisam avaliar regularmente os objetivos e resultados de seus programas, incluindo seus esforços de mentoring”, disse Denise. “Empresas que estão um passo a frente sabem que para promover carreiras – em especial, para mulheres – não basta apenas abrir uma porta, é necessário oferecer desafios e estimular habilidades para que elas atinjam o mais alto desempenho”.