Pesquisa revela o que trainees têm em comum

Segundo pesquisa, candidatos têm idade média de 23 anos, estudaram em faculdades públicas e valorizam tanto os treinamentos como os feedbacks

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Todos os anos, milhares de jovens profissionais e estudantes brasileiros se candidatam a uma vaga de trainee. Além dos salários atraentes, a oportunidade em conquistar um cargo de liderança ao final do processo aumenta ainda mais o número de inscrições nos programas. Mas, afinal, quem disputa tais vagas tão concorridas?

Uma pesquisa realizada pela consultoria Seja Trainee, com 380 finalistas das principais seletivas do País, revela que os candidatos têm idade média de 23 anos, estudaram em faculdades públicas e valorizam tanto os treinamentos oferecidos pelas empresas quanto o feedback nos processos seletivos.

Perfil
Dos jovens entrevistados, 95% declaram ter nível de inglês avançado ou fluente, 92% já fizeram ou fazem estágio, 67% possuem experiência internacional e 54% já realizaram trabalhos voluntários.

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Entre eles, 70% estudaram em faculdades públicas, sendo que os cursos mais comuns são os de Engenharia, por 42%, seguido por Administração, 18%, e Economia, com 11% dos candidatos. Quanto ao aspecto demográfico, a região Sudeste tem uma predominância de 68% entre os finalistas, sendo que destes, 45% são do estado de São Paulo.

Programas e processos de seleção
Diferente do que muitos recrutadores pensavam, a oferta de altos salários não é o item mais valorizado entre os candidatos a trainees. Citado por 61% dos entrevistados, os treinamentos oferecidos pelas empresas é o item mais importante para os jovens.

Outros aspectos citados foram o Job Rotation (transição entre diversas áreas dentro da empresa), com 54% e programas de Coaching e Mentoring com 52%. Para o sócio da consultora, Kleber Piedade, esses números mostram que hoje os jovens têm buscado mais por oportunidades que favoreçam o seu desenvolvimento profissional, do que um benefício imediato, como o salário.

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Com relação aos principais critérios para escolha dos programas que eles querem prestar, 52% dos entrevistados apontaram que a área de trabalho foi o principal motivo da sua escolha. O nome da empresa e a força da marca também pesaram na decisão para 47% dos jovens, assim como a estrutura do programa de trainee.

A busca por um feedback dos recrutadores foi outro aspecto importante para os jovens. Para 61%, esse é o item mais valorizado em um processo seletivo, seguido pela estrutura on-line da seleção, 58%, e pela agilidade nas respostas, para mais da metade dos finalistas.

Entretanto, os aspectos que mais deixam a desejar coincidem com os mais valorizados. Numa escala de 0 a 5, os participantes do estudo avaliaram em 2,36 a agilidade na resposta e em 2,51 o feedback oferecido. Percentualmente, 69% dos candidatos estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o feedback recebido nos processos seletivos e 56% disseram não concordar com o tempo de resposta entre as etapas das seleções.