Emprego: com 131,5 mil novas vagas, maio registrou quarta alta consecutiva

Nos cinco primeiros meses do ano, foram contratados 6,568 milhões, e outros 6,388 milhões foram demitidos

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Com a criação de 131.557 postos de trabalho, o emprego formal cresceu 0,41% em maio em relação ao mês anterior. Este é o melhor resultado mensal deste ano e é a quarta alta consecutiva.

Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Ministério do Trabalho.

O número de desligamentos foi de 1,217 milhão no quinto mês do ano, enquanto que foram registradas 1,348 milhões de admissões, registrando um saldo positivo de 131.557 vagas.

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Na análise dos cinco primeiros meses do ano, também verificou-se expansão, de 0,56%, com saldo positivo de 180.011 postos de trabalho. Esse saldo é resultado da diferença entre o número de admissões (6.568 milhões) e o número de desligamentos (6.388 milhões) do período.

Nos últimos doze meses, o saldo também foi positivo, de 1,84%, com acréscimo de 580.269 postos de trabalho.

Crescimento setorial

Na análise mensal, dentre os oito setores de atividades econômicas, nenhuma atividade apresentou saldo negativo na oferta de trabalho. “É a primeira vez este ano que todos os setores da economia em todas as regiões do país apresentam saldo positivo de emprego”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. “É a prova de que a recuperação está acontecendo de forma coerente, permanente e segura”.

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O setor de Agropecuária é o que apresentou a maior variação em maio, com saldo positivo de 52.927 postos de trabalho (+3,34%) em maio. Esse resultado, segundo o ministério, está mesclado por variações de cunho sazonal (cultivo da cana e café no Centro-Sul do país) e conjuntural, que possibilitaram a continuidade do processo de recuperação iniciado em fevereiro.

O Comércio também demonstrou recuperação, embora pequena. Após quatro meses de resultados negativos, e uma variação positiva em abril (+0,08%), o setor volta a mostrar fôlego com saldo positivo de 14.606 vagas (+0,21%). O contingente de assalariados com carteira assinada na Administração Pública obteve uma expansão de 0,18%, resultante da geração de 1.451 postos de trabalho.

O setor de Serviços obteve expansão de 0,34% com a criação de 44.029 postos de trabalho, o quinto maior saldo da série para o período, impulsionado principalmente pelos ramos de Serviços de Alojamento, Alimentação e Reparação (+16.140), Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+8.582) e Serviços de Ensino (+7.656 postos), bem como os Médicos e Odontológicos (+7.335).

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A Construção Civil, por sua vez, teve o segundo melhor saldo em toda a série da pesquisa, para o período, o melhor desempenho de 2009, e o quinto crescimento consecutivo do setor, com a geração de 17.407 postos (+0,87%).

Entre as atividades que apresentaram pequenas variações, a de Transformação é a que se destaca. O setor apresentou saldo positivo de 700 vagas e demonstrou relativa instabilidade no mês passado, frente a abril, registrando uma variação de 0,01%.

Já os setores da Indústria Extrativa Mineral, com 171 empregos gerados, e o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo positivo de 266 vagas, também apresentaram uma margem de crescimento pequena, de 0,10% e 0,07%, respectivamente.

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Análise regional

Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, todas as regiões apresentaram incremento no número de vagas de trabalho, exceto Belém, que registrou saldo negativo de -0,12%, e demitiu 324 trabalhadores.

No conjunto das nove áreas metropolitanas, o nível de emprego apresentou variação positiva de 0,25% no mês passado, com a geração de 34.202 postos de trabalho.

Dessa vez, Fortaleza (+0,41%) e Curitiba (+0,47%) lideraram as maiores variações no período e criaram 2.580 e 4.108 vagas, respectivamente. No entanto, novamente, São Paulo (+13.049 postos) e Belo Horizonte (+4.897) foram as regiões metropolitanas que mais empregaram em maio.

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Entre as regiões do país, nenhuma apresentou variação negativa na taxa de empregabilidade, sendo que a maior taxa positiva veio da região sudeste (+0,56%), onde 100.020 postos de trabalho foram criados.

A região Sul foi a que apresentou a menor variação no período (0,09%), com a criação de 7.233 vagas, ao passo que a região Norte foi a que menos gerou vagas, frente as demais. Foram criadas 5.039 vagas no período (+0,39%).