Emprego: com 106,2 mil novas vagas, abril foi o melhor mês desde setembro

No quadrimestre, foram contratados 5,22 milhões, e outros 5,171 foram demitidos, o saldo ficou positivo em 48,4 mil

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Com a criação de 106.205 postos de trabalho, o emprego formal cresceu 0,33% em abril em relação ao mês anterior. Este é o melhor resultado mensal desde setembro do ano passado.

Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Ministério do Trabalho.

Foram extintos 5,171 milhões de postos de trabalho no primeiro quadrimestre do ano, enquanto outros 5,220 milhões foram criados, registrando um saldo positivo 48,4 mil vagas, ou seja, uma variação positiva de 0,15% frente ao mesmo período do ano anterior.

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Nos últimos doze meses, o saldo também foi positivo, de 2,18%, com acréscimo de 651.696 postos de trabalho.

Crescimento setorial

Na análise mensal, dentre os oito setores de atividades econômicas, apenas a Indústria Extrativa Mineral apresentou um saldo negativo, de 0,34% na oferta de trabalho, registrando 582 vagas a menos no mês. O setor de Indústria de Transformação registrou relativa estabilidade no mês passado, com saldo positivo de 183 novas vagas em abril. Com esse resultado, a Indústria apresenta, pela primeira vez no ano, saldo positivo, depois da trajetória de fechamento de postos verificada nos cinco meses anteriores.

O Comércio também demonstrou recuperação. Após quatro meses de resultados negativos, o comércio apresentou aumento de 5.647 postos de trabalho (+0,08%) no contingente de assalariados com carteira assinada e a Administração Pública obteve uma expansão de 0,63%, resultante da geração de 5.032 postos de trabalho, o terceiro melhor resultado da série do Caged.

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O setor de Serviços obteve o quinto melhor resultado para o mês da série do Caged, com a criação de 59.279 postos de trabalho, impulsionado principalmente pelos ramos de Serviços de Alojamento, Alimentação e Reparação (+15.249), Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+12.424) e Serviços de Transportes e Comunicação (+12.381 postos), bem como Ensino (+10.056).

A Construção Civil, por sua vez, teve o quarto melhor resultado para o mês de abril na série da pesquisa e o segundo melhor desempenho de 2009, gerando 13.338 postos (+0,68%).

Na outra ponta, os setores da Indústria de Transformação, com 35.775 empregos perdidos, concentrados em dez de seus 12 ramos de atuação, e do Comércio, com 9.697 demissões, são os destaques negativos.

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Análise regional

Ainda segundo os dados do Caged, pela segunda vez no ano, São Paulo (+72.022 postos) e Minas Gerais (+15.602) voltaram a apresentar resultados positivos na criação de vagas formais.

No conjunto das nove áreas metropolitanas, o nível de emprego apresentou variação positiva de 0,15% no mês passado, com a geração de 20.008 postos de trabalho.

A região Nordeste apresentou variação negativa na taxa de empregabilidade, registrando 24.622 vagas a menos no mês passado. Por outro lado, a região Sudeste foi a que apresentou o maior crescimento, com 99.065 novos postos de trabalho.

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Expectativas: 1 milhão de empregos até o fim do ano

“O principal sintoma da recuperação da economia é a empregabilidade”, afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “Onde tem crescimento, tem geração de emprego”.

Lupi espera que este ano será melhor que o ano passado. “Ano passado tivemos um início forte e depois a queda por conta da crise. Esse ano tivemos um começo ainda impactado pela turbulência financeira internacional, mas já verificamos a recuperação”.

O ministro se mostrou novamente otimista com relação aos resultados do final do ano. “Ouso prever que teremos uma geração de 1 milhão de postos até o final do ano. E crescimento da economia de mais de 2%”.