Em 2009, 40,2% das vagas para médicos estavam localizadas nas capitais

Proporção das vagas era de 5,6 postos médicos por mil habitantes nas capitais e 2,6 nos demais municípios

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), feita em parceria com o Ministério da Saúde, revelou que, em 2009, 40,2% dos postos médicos do País estavam localizados nas capitais.

De acordo com o estudo, batizado de AMS (Assistência Médico-Sanitária), a proporção das vagas era de 5,6 postos médicos por mil habitantes nas capitais e 2,6 nos demais municípios.

Já na análise de distribuição dos postos de trabalho médicos por mil habitantes em 2009, o que envolve capital e municípios, a média nacional ficou em 3,3.

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Nesse quesito, o Sudeste foi o destaque entre as regiões, 4,3 postos de trabalho por mil habitantes. Sul (3,4), Centro-Oeste (3,1), Nordeste (2,3) e Norte (1,9) vieram a seguir.

Níveis
Outro ponto abordado pela pesquisa diz respeito à oferta de postos de trabalho de nível superior, que cresceu 26,9% entre 2005 e 2009 (de 870,4 mil para 1,1 milhão). 

De acordo com a AMS, o Norte teve o aumento mais significativo no período, de 42%. Nas outras regiões, o crescimento ficou entre 21,8% e 28,3%.

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Naquele ano, médicos e enfermeiros eram os profissionais em maior número dentre aqueles com nível superior, 57,6% e 14,8%, respectivamente.

Assim como na análise anterior sobre as regiões, o Sudeste também liderou a oferta de postos de trabalho com nível superior, 51,4%. Nordeste (21,4%) e Sul (15,2%) vieram atrás. As áreas que apresentaram as menores ofertas de trabalho foram Centro-Oeste (7,0%) e Norte (5,0%). 

No território nacional, a distribuição dos postos médicos segue a mesma ordem: Sudeste (54,2%), Nordeste (19,4%), Sul (15,0%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (4,6%).

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Atuação e setores
Conforme apurou o IBGE, em 2009, a área de atuação que mais continha médicos era a de clínico geral (16,7%), pediatra (10%) e gineco-obstetra (9,5%).

Também aparecem na pesquisa médico de saúde da família (6,3%), cirurgião geral (5,8%), ortopedista (5,5%), cardiologista (5,2%), anestesista (4,3%), radiologista (3,7%) e oftalmologista (3,3%).

Dos postos médicos oferecidos, 55,7% faziam parte do setor privado, contra 44,3% do público. De acordo com o relatório, desde 1999, a área privada oferece a maioria destes postos de trabalho.

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Nessa modalidade, o destaque vai para o Sudeste (58,5%), Sul (64,3%) e Centro-Oeste (54,7%). Os empregos públicos, por sua vez, eram mais fortes no Norte (62,2%) e Nordeste (54,1%).

Técnicos
Nos postos de trabalho de nível técnico/auxiliar por ocupação, os profissionais de enfermagem eram ampla maioria, 72,9% – divididos em 35,7% auxiliares e 37,2% técnicos de enfermagem.

Segundo aponta a pesquisa, houve melhoria na qualificação das equipes de enfermagem, crescimento de 101,1% dos postos de trabalho dos técnicos e diminuição de 21,0% dos postos de auxiliares.