Diploma não será mais requisito para contratação com revolução tecnológica

Udacity, Kroton, LinkedIn e Khan Academy fizeram parceria para discutir como a tecnologia vai mudar a educação e o mercado de trabalho 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Empresas como Google, IBM e Apple não exigem mais diploma de ensino superior para contratar seus novos funcionários. Isso sinaliza uma transformação no mercado de trabalho, que coloca as grandes empresas de tecnologia à frente da transformação que o mercado de trabalho está começando a sofrer. É o que diz Michelle Schneider, gerente de vendas do LinkedIn. A empresa também já fez contratações de profissionais sem diploma. 

“Esses tipos de empresa se movem mais rápido que os próprios governos no contexto de compreender que a educação tradicional está mudando e o papel [seja diploma ou currículo] vai perder esse simbolismo”, disse a executiva em evento organizado pela instituição focada em educação à distância Udacity, em São Paulo. 

Uma nova era digital já chegou e aos poucos a educação e, em consequência, o mercado de trabalho vai sentir a mudança. Em linha com essa mesma ideia, Ana Luisa Santos, gerente de marketing da ONG educacional Khan Academy, afirma que daqui para frente vai ser mais importante valorizar as realizações das pessoas do que o currículo e o diploma. 

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“Eu já contratei pessoas sem diplomas e eram incríveis. Optei por elas porque apresentaram um portfólio do que já tinham feito – e aquilo foi mais que suficiente. Eu vejo uma tendência clara de que o que está no papel não será tão importante quanto o que você pode executar e provar que sabe fazer”, afirma Santos. 

Contraponto

Além das executivas, Felipe de Mattos, Diretor de Inovação da Kroton, também participou do evento, mas discorda sobre a velocidade desta mudança.

Segundo ele, o Brasil precisa se desenvolver muito quando se trata dessa transição de pensamento na educação e carreira. “O diploma é uma credencial para o mercado de trabalho. No Brasil a importância é enorme, muito simbólica. Você estudar e não ter diploma é sinônimo de fracasso. É uma conquista ter o pedaço de papel do ensino superior”, afirma o diretor. 

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Assumindo o protagonismo da sua carreira

Outro ponto abordado durante o evento foi como o profissional pode assumir o protagonismo da sua carreira para alcançar seus objetivos. Todos os três convidados deram dicas.

Para Schneider, fazer o que gosta é a melhor solução. “Parece piegas, mas ainda acho que é verdade: faça algo que te deixa feliz, o que te da prazer em estudar e o que invetiva você a continuar a aprender”, diz. 

O diretor da Kroton afirma que o profissional precisa desenvolver a chamada “growth mindset”, a mentalidade de crescimento. “O profissional que quer ser protagonista da sua carreira precisa entender que qualquer fracasso e sucesso não é uma condição da pessoa, mas sim da vida. Acontece. É importante tentar sempre se superar e tentar crescer a partir dos erros”, afirma. 

Além disso, ele diz que cercar-se de pessoas boas é crucial. Sempre tente se aproximar das pessoas que admira, aprenda com elas e pegue dicas. 

De forma mais analítica, Santos ressalta que é importante também mapear os suas falhas para ver onde pode melhorar. “Defina onde você quer chegar e o caminho para isso. Na prática: planeje, execute e meça os resultados. Os recursos online estão aí para facilitar esse processo. Qualquer um pode aprender com cursos online, por exemplo e ir descobrindo seus gaps”, disse a gerente de marketing da Khan Academy. 

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.