Vai prestar concurso público? Conheça 8 mitos sobre as provas

Está mais difícil de passar atualmente? Não necessariamente

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A estabilidade dos concursos públicos é um grande atrativo para muitas pessoas, principalmente em períodos de crise e demissões em alta.

Com mais candidatos por vaga, a desinformação piora ainda mais a situação para aqueles que buscam essa oportunidade.

É difundido que, para passar nas provas, é importante estudar muito e, preferencialmente ter acesso a questões de provas anteriores, que podem ser termômetro para saber o que vai cair nas próximas.

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Ao mesmo tempo, há muitos mitos e lugares comuns difundidos entre candidatos, que podem atrapalhar na hora da preparação. Ao mesmo tempo, investir em um treinamento específico pode ajudar um candidato que tenha foco em determinada prova.

Para ajudar, Vincenzo Papariello Júnior, sócio-fundador da VP Concurso, fez uma lista de inverdades amplamente distribuídas entre os que prestam concursos e as explicações para cada uma delas. Confira:

1. Hoje as provas estão mais difíceis

Para o especialista, os candidatos atualmente estão em um contexto mais favorável aos estudos. “Hoje a Internet é popularizada e há mais materiais e cursos online, coachs e consultorias disponíveis para os alunos. Até pouco tempo nem livro para concursos existia”, diz ele.

2. É preciso estudar pelo menos um ano

Em qualquer situação de estudo, cada candidato tem seu período ideal. “Além do tempo, que não é fixo, outras variáveis influenciam no sucesso, como o compromisso com o estudo, conhecimento acumulado, estratégia, entre outras”, comenta Vicenzo.

3. Concursos de nível superior são mais difíceis

A dificuldade de cada concurso depende das questões cobradas e banca examinadora envolvida. Vicenzo afirma que há candidatos que são aprovados para Analista do Senado, que cobra ensino superior, mas não passaram para técnico, de nível médio.

4. É preciso estudar todos os livros

Quantidade não é, necessariamente, qualidade. A objetividade é importante quando se fala de estudos para concursos, e isso significa focar mais na prática do que na teoria, além de selecionar muito bem os conteúdos.

5. Quanto maior a concorrência, maior a dificuldade

Dificuldade e concorrência não são diretamente relacionadas. Mesmo que haja uma alta abstenção no dia do exame, isso não vai significar maior facilidade para quem participou: pessoas que desistem nunca foram concorrentes qualificados, mas sim inscritos por impulso.

6. Acertar uma alta porcentagem da prova é bom

Não adianta acertar 90% da prova e não é necessário entrar em pânico por ter acertado 40%. “O importante é a nota final em relação aos demais candidatos. Tudo depende do nível da prova: se o exame foi fácil, uma nota de 90% pode não ser suficiente para passar”, lembra Vicenzo.

7. É preciso saber todas as matérias de um concurso

Vicenzo explica que muitas vezes o melhor a se fazer é deixar algumas disciplinas de lado. “Se em uma prova existe uma disciplina que o candidato tem grande dificuldade, o que levará muito tempo e esforço para atingir um nível de competitividade, e essa matéria não pesa tanto na nota final, o melhor a fazer é deixá-la de lado e usar o tempo para aprimorar outras disciplinas”.

8. Fazer cursinho é fundamental

Cada pessoa tem uma maneira ideal de estudo. “Cursos são ferramentas, assim como livros, apostilas, vídeo-aulas, coach, entre outros. O candidato pode ter todos estes recursos à mão, mas se não souber usá-los com inteligência, o resultado será desastroso”, explica ele, que garante que o melhor é saber fazer proveito de cada uma dessas ferramentas em suas vantagens específicas.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney