Diferenças culturais afetam o crescimento de 70% das empresas brasileiras

Segundo o ranking da EIU, as organizações russas e espanholas também sentem dificuldade de expandir seus negócios

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – As empresas brasileiras têm encontrado dificuldades em expandir seus negócios internacionalmente por causa de barreiras culturais e linguísticas. De acordo com pesquisa da The Economist Intelligence Unit, por exemplo, 70% das companhias nacionais já sentem os efeitos desse problema. Em contrapartida, o percentual de empresas que não relatam ser influenciadas por tais diferenças é de apenas 30%.

“As empresas reconhecem cada vez mais os benefícios financeiros de se ter uma força de trabalho treinada para lidar com as diferenças culturais e de comunicação. O problema é que um grande número de organizações pode não estar fazendo o suficiente para enfrentar esse desafio”, explica o relatório promovido pela EF Education First.

Problema à vista
De acordo com o levantamento, 40% dos entrevistados dizem que suas empresas não focam no recrutamento de profissionais acostumados a ambientes transculturais. Já outros 47% dos consultados acreditam que as companhias para as quais trabalham não se importam em aprimorar as competências dos trabalhadores de comunicação – o que certamente se revelará um problema em alguns anos.

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“Nove em cada dez entrevistados afirmam que o número de clientes no exterior para a sua empresa irá aumentar ao longo dos próximos três anos, e 77% acreditam que a sua empresa estará operando em mais países do que faz atualmente”, detalha a pesquisa, que informa ainda que dois em cada três entrevistados acreditam que trabalhar com clientes e colegas em uma empresa que atua internacionalmente não é tão fácil assim.

A importância do idioma
O levantamento realizado pela EIU contatou ainda que as empresas com planos internacionais apostam cada vez mais em profissionais que saibam mais de um idioma, afinal, 51% dos entrevistados enxergam as diferenças culturais e as de normas de trabalho (49%) como as principais ameaças.

“Quase metade dos executivos entrevistados diz que pelo menos um em cada cinco funcionários de sua companhia deve falar uma língua estrangeira para fazer o seu trabalho. Além disso, um em cada quatro acredita que a maioria da força de trabalho de sua empresa deve possuir habilidades em línguas estrangeiras”, detalha a pesquisa.

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Ranking global
O estudo, que contou com a participação de 572 executivos seniores de todo o mundo, revelou ainda que, de acordo com os resultados apurados, o País se encontra na terceira posição do ranking global de países cujas empresas apresentam dificuldades em tais áreas.

 Já a primeira e a segunda colocações, em termos de dificuldade, ficaram para a Rússia e para a Espanha, que tiveram respectivamente, 89% e 88% de suas empresas com problemas culturais. “Na China, as diferenças afetam 67% das empresas”, informa o levantamento.