Desemprego volta a cair na Grande SP e atinge 16,9% da PEA, diz Seade/Dieese

Taxa é pouco inferior à de agosto (17,1%); contingente de desocupados teve redução de 100 mil pessoas em um ano

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo voltou a cair em setembro, passando de 17,1% da PEA (População Economicamente Ativa) para 16,9%. Com isto, o contingente de trabalhadores sem emprego na região foi reduzido em 29 mil pessoas, somando um total de 1,692 milhão de desempregados no nono mês do ano.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) e fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).

Na comparação com setembro do ano passado, quando o nível de desemprego estava em 17,9% da PEA, a taxa apresentou queda de 1,0 ponto percentual. No acumulado dos últimos doze meses, foram criadas 101 mil ocupações, enquanto houve decréscimo de 100 mil pessoas no total de desempregados, de forma que o número de trabalhadores presentes no mercado de trabalho permaneceu praticamente estável.

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Desemprego aberto também diminui

Ao se considerar caso a caso os componentes da taxa de desemprego, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, caiu de 10,6%, em agosto, para os atuais 10,4%.

O desemprego oculto por desalento, outra variável do índice, subiu para 1,6% em setembro, diante da taxa de 1,4% do mês anterior. Já a taxa de desemprego oculto pelo trabalho precário registrou leve recuo de 5,0% para 4,9%.

Vale destacar que o trabalho precário engloba as pessoas que possuem uma ocupação temporária, como um “bico”, por exemplo, mas que estão procurando emprego. Já o desemprego oculto por desalento inclui quem ficou sem trabalho e, depois de procurar emprego por muito tempo, acabou desistindo da busca, praticamente deixando o mercado profissional.

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Segmentos da população

Na passagem de agosto para setembro, a queda do indicador favoreceu mais as pessoas com
ensino médio completo ou superior incompleto (3,0%), com ensino médio incompleto (1,9%), adolescentes
de 15 a 17 anos (2,9%), jovens de 18 a 24 anos (1,9%), pessoas de 40 anos e mais de idade (1,9%) e mulheres (2,0%). Por outro lado, o desemprego cresceu entre as pessoas com 25 a 39 anos (1,5%), chefes de domicílio
(1,1%) e pessoas analfabetas ou com ensino fundamental incompleto (1,1%).

Já o resultado do último ano favoreceu a todos os segmentos, com a taxa de desemprego
caindo para todos. Merecem destaque: os jovens de 18 a 24 anos (de 28,7% para 25,9%), homens (de 15,8% para 14,5%), pessoas que não eram chefes de domicílio (de 23,8% para 22,4%), aquelas com ensino fundamental completo (de 21,0% para 19,6%), com ensino médio incompleto (de 33,2% para 31,2%) e com ensino médio completo ou superior incompleto (de 17,1% para 16,1%).

Menor taxa de desemprego na cidade de SP

De acordo com os dados regionais da pesquisa Seade/Dieese, o município de São Paulo continua com nível de desemprego menor que o das cidades ao redor. No período, a taxa paulistana permaneceu estável em 15,4% da PEA.Um ano antes, entretanto, ela estava em 17,2%.

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A Região do ABC, por sua vez, viu a taxa de desemprego apresentar novo recuo, ao passar de 16,8% para 15,5% de agosto para setembro, patamar também inferior aos 17,6% notados em igual mês no ano passado.

Finalmente, o indicador das demais cidades da região metropolitana, também caiu de 19,4% para 18,8%, voltando a idêntico patamar de setembro de 2004.