Desemprego sobe nas principais regiões do País e atinge 16,6% em março

Segundo o Seade/Dieese, o contingente de desocupados nas seis principais áreas metropolitanas teve alta de 3,9%

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País apresentou alta de 7 pontos-base no terceiro mês do ano, na comparação com fevereiro. O índice passou de 15,9% para 16,6% da PEA (População Economicamente Ativa), que fechou março em 19,084 milhões de pessoas.

De acordo com os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgados nesta quarta-feira (25) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), no confronto com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 14 pontos-base, uma vez que em março de 2006 o desemprego atingiu 18%.

Desemprego por região

Na comparação mensal, todas as regiões analisadas tiveram aumento na taxa de desemprego, com destaque para Belo Horizonte. Já em relação a março de 2006, o índice caiu em todas as localidades, também com destaque para a capital mineira.

Continua depois da publicidade

Taxa de Desemprego Total
Região Metropolitana Março 2006 Fevereiro 2007 Março 2007
Distrito Federal 20,6% 17,9% 18,9%
Belo Horizonte 16,2% 12,9% 13,8%
Porto Alegre 14,9% 12,3% 12,9%
Recife 21,4% 20,4% 21,1%
Salvador 24,7% 22,3% 22,9%
São Paulo 16,9% 15,3% 15,9%
Total 18,0% 15,9% 16,6%

Fonte: SEP Convênio Seade-Dieese, MTE/FAT e convênios regionais

Tipos de desemprego

A pesquisa revela também que, em março, o contingente de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas teve alta de 3,9% frente ao mês anterior. No total, 3,171 milhões de pessoas estavam desempregadas, o que representa 6,5% a menos que no mesmo mês de 2006.

Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, atingiu 10,95% no terceiro mês de 2007.

Continua depois da publicidade

O desemprego oculto por desalento – que inclui quem ficou sem trabalho e, depois de procurar emprego por muito tempo, acabou desistindo da busca – foi de 1,9% e o desemprego oculto pelo trabalho precário – que engloba as pessoas que possuem uma ocupação temporária, mas que estão procurando emprego – somou 3,75%.

População ocupada

A população ocupada (PO) das áreas analisadas atingiu 15,913 milhões de pessoas no terceiro mês do ano, o que mostra uma queda de 1,1% frente ao resultado de fevereiro e um avanço de 2,7% sobre março de 2006.

Na análise setorial, o setor de serviços segue como o maior empregador, com 8,493 milhões de pessoas ocupadas. Em contrapartida, o segmento da construção civil é o que menos emprega, respondendo por apenas 822 mil pessoas ocupadas.

Continua depois da publicidade

Quanto à inserção no mercado de trabalho, o que se verifica é que a maior parcela da população ocupada possui emprego com carteira assinada no setor privado (6,861 milhões). Em seguida, ficam os autônomos (2,927 milhões) e o setor público, que emprega 1,780 milhão.