Desempenho e resultados são fatores que mais demitem em altos cargos

Pesquisa mostra que ser apenas um funcionário exemplar, que cumpre as tarefas, não basta; é preciso trazer resultados!

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Segundo pesquisa divulgada pela consultoria de outplacement Lens & Minarelli, o desempenho ruim e a falta de resultados são os fatores que mais levam à demissão de presidentes, diretores e gerentes, à frente de quesitos como atitude, relacionamento e questões políticas.

Isto mostra que ser um funcionário exemplar, que cumpra com a ética e seja responsável, não basta. É preciso trazer resultados, e isto somente é possível com conhecimento e atualização constante, sabendo explorar ao máximo o que há de bom na equipe que coordena.

Desligamento

Nos casos de desligamento com as empresas, a pesquisa mostra que poucos profissionais contam com um apoio da empresa devido à falta de clareza de políticas de demissão, mas que o serviço de recolocação tem grande eficácia.

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Os dados confirmam que 75% dos diretores usam o outplacement por um período médio de 10 meses. Presidentes (58%) e gerentes (66%) utilizam em prazos de 11 e 9 meses, respectivamente.

Falta de políticas

A pesquisa, divulgada pela Consumidor Moderno, mostra que 70% das empresas afirmaram dispor de uma política estruturada de demissão, mas apenas 30,4% delas contam realmente com tal recurso.

“Demissão permanece um tema-tabu nas empresas do país, que carecem de processos estruturados e transparentes para o desligamento de seus quadros”, disse a diretora-executiva da consultoria e coordenadora do estudo, Mariá Giuliese.

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Para confirmar este fato, ela ainda disse que, se perguntados sobre as bases concretas de uma eventual demissão, grande parte dos executivos do país teria dificuldades em dizer como ficaria sua situação.

Papel do RH

A pesquisa mostra que o profissional de Recursos Humanos tem papel muito coadjuvante na demissão dos profissionais. No caso de presidentes participam de 10,3% dos processos, no desligamento de gerentes, em 23,7% deles e de diretores, em 20,6%.

“Parece que, embora o profissional de Recursos Humanos deseje uma atuação mais estratégica, nesses casos ele se restringe a uma atuação muito operacional e faz papel de coadjuvante no processo”, disse Mariá.