Demanda imobiliária ganha “mãozinha” com novo teto para uso do FGTS

Setor da construção civil deverá encerrar 2013 com crescimento de cerca de 2%

Reuters

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SÃO PAULO – A demanda por imóveis residenciais ganhará uma “mãozinha” com a elevação do teto do financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), afirmou o presidente do sindicato do setor no Estado de São Paulo, nesta terça-feira, acrescentando que a medida contempla uma parcela pequena da população.

Nos bastidores de um evento promovido pela Câmara Americana do Comércio (Amcham), o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, afirmou que as pessoas que poderiam dar um boom na procura por imóveis já eram atendidas pela regra anterior em função do seu limitado poder de compra.

“O Brasil tem um déficit habitacional de cerca de 5 milhões de domicílios, e a maior parte dele é relativo às famílias que ganham até três salários mínimos”, disse.

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Na véspera, o governo anunciou ajuste no teto para financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que inclui a aquisição com recursos do FGTS, para 650 mil reais, ante limite anterior de 500 mil reais. Nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, o valor máximo será de 750 mil reais.

Durante palestra no evento, Watanabe afirmou que a indústria da construção civil deve crescer em linha com o desempenho do Produto Interno Bruto neste ano e no próximo, acrescentando que a repetição de níveis vistos na última década dependerá da elevação da produtividade do setor.

Segundo Watanabe, o setor deverá encerrar 2013 com crescimento de cerca de 2 por cento ante igual período do ano passado. Para o ano que vem, a expectativa é de um crescimento em torno de 3 por cento, “em linha com o PIB”.

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Watanabe acrescentou que a elevação da produtividade é o maior desafio do setor, devendo nortear o próximo ciclo de crescimento da indústria da construção civil.

“Já vivemos situação de pleno emprego. Para crescermos a níveis vistos na década passada, será preciso aumentar a produtividade.”

Ele também afirmou que o país depende da “conquista da confiança do investidor estrangeiro e nacional para ter crescimento mais significativo”.

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(Por Marcela Ayres – Reuters)