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SÃO PAULO – De acordo com estudo divulgado nessa quinta-feira pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), o pagamento do 13º salário deve injetar R$ 30,5 bilhões na economia brasileira em 2002, o que corresponde a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Décimo terceiro injetará R$ 30 bilhões na economia
Segundo o levantamento, cerca de 47,8 milhões de pessoas serão beneficiadas pelo pagamento do 13º salário, sendo que 20,8 milhões são provenientes da Previdência Social, ou seja, aposentados ou pensionistas, o que representa 44% do total de beneficiados. Os demais são assalariados do mercado formal, que equivalem a cerca de 26,9 milhões de pessoas. Em 2001, o número de beneficiários do INSS foi 20,1 milhões enquanto os assalariados foram de 25,7 milhões.
Para os beneficiários do INSS, o montante a ser pago será da ordem de R$ 7,1 bilhões, ou seja, 23% do total de pagamentos. Já os assalariados devem receber cerca de R$ 23,4 bilhões, o que corresponde a 77% do total de pagamentos. O total de pagamentos do 13º salário esse ano será 8,9% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, sendo que o maior crescimento nos pagamentos ocorreu entre os beneficiários da Previdência Social.
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Sudeste receberá maior parte dos recursos
No critério por regiões, a maior parte dos recursos do 13º salário será proveniente da região sudeste, cerca de 58,3%. Logo em seguida estará região sul, com 16,3%, nordeste, com 13,8%, centro-oeste, com 7,9% e norte, com 3,6%. Isso se deve a dimensão do mercado formal em cada uma das regiões analisadas, assim como o valor das remunerações. Somente em São Paulo, devem ser injetados 36% do total de recursos provenientes do pagamento do 13º salário.
O valor médio estimado no pagamento aos beneficiários do INSS é de R$ 343,44 enquanto o dos assalariados do mercado formal é de R$ 867,79, sendo assim, o valor médio total estimado é de R$ 639,23. Entre as unidades da federação, a que apresenta a maior média é o estado de Brasília, com R$ 1.315,00, seguido pelo estado de São Paulo, com R$ 845,00.
Metodologia utilizada pelo Dieese
O Dieese utilizou os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referente a 2001, juntamente com as informações do Ministério da Previdência e Assistência Social. Dessa forma, o instituto considerou todos os beneficiários da Previdência Social referente a setembro de 2002 em conjunto com os assalariados do mercado formal que estavam empregados em dezembro de 2001, incluindo todos os funcionários dos setores públicos e privados e das três esferas do governo.
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No cálculo da estimativa dos valores dos pagamentos, foi considerado o montante referente a setembro desse ano, no caso dos beneficiários da Previdência Social. Já no cálculo dos pagamentos dos assalariados, foi levado em consideração o rendimento atualizado pela variação média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) , calculado pelo IBGE, referente a novembro de 2001 e as projeções para outubro de 2002, comparados com os dados do período entre novembro de 2000 a outubro de 2001.
Vale ressaltar que essa metodologia, não levou em conta, o cálculo dos autônomos e dos assalariados sem carteira, que provavelmente irão receber alguma espécie de abono no final do ano. Além disso, muitas empresas já efetuaram o pagamento da primeira parcela do 13º salário no meio do ano, nas férias dos empregados ou em outro período pré-estabelecido entre patrões e empregados. Nesse sentido, os valores constituem estimativas do montante que será injetado ao longo do ano, contudo, supõe-se que a maior parte, ou seja, mais de 70% ingresse somente no final do ano.