Criação de empregos formais recua mais de 36% em um ano

Frente a julho, houve aumento de 0,51% no número de celetistas. Acumulado do ano teve acréscimo de 1.825.382 empregos

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – O Brasil registrou a criação de 190.446 vagas de trabalho no oitavo mês de 2011, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (14).

De acordo com as informações, a geração de empregos no mês de agosto originou-se de 1.830.321 admissões e de 1.639.875 desligamentos, ambos os maiores para o mês.

No entanto, na comparação com agosto do ano passado, o saldo de empregos caiu mais de 36%, já que naquele período foram gerados 299.4515 postos de trabalho. Em compensação, frente a julho, houve aumento de 0,51% no número de trabalhadores formais.

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Já no acumulado do ano, o acréscimo observado foi de 1.825.382 empregos, o que representa uma alta de 5,08%. Em 12 meses, com a criação de 2.092.343 vagas, houve um incremento de 5,86% no contingente de empregados com carteira assinada no País.

Crescimento setorial
Na análise mensal, dos oito setores de atividades econômicas, seis apresentaram desempenho positivo, um relativa estabilidade e outro queda na geração de empregos formais no mês passado. Em números absolutos, o destaque ficou com o setor da Construção Civil, com 31.613 vagas de trabalho criadas, o equivalente a uma variação percentual de 1,16% – maior taxa de crescimento dos oito setores.

Outro destaque do período, em termos percentuais, foi o setor de Extrativa Mineral, que apresentou acréscimo de 1.997 postos de trabalho (+0,99%).

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Os demais setores ficaram da seguinte forma: em Serviços, houve alta de 0,63% no número de empregados (+94.398) e no Comércio, de 0,54% (+44.336). Já na Indústria de Transformação tal variação foi de 0,43% (+35.914), enquanto que, na Administração Pública, tal número foi de 0,19% (+1.722 vagas).

Os Serviços Industriais de Utilidade Pública, no entanto, mantiveram-se praticamente estáveis em seu nível de emprego, atingindo uma taxa de variação de -0,01% (-36 postos de trabalho). De acordo com o relatório, o desempenho foi ocasionado pela redução de oportunidades na área.

Já a Agricultura, por motivos sazonais ligados ao cultivo de café, houve a perda de 19.498 postos de trabalho, equivalente a uma variação de -1,13%.

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Análise regional
Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, houve um resultado positivo em 26 das 27 unidades federativas consultadas. Entre elas, destaca-se como recordista a Paraíba (+10.271 postos – maior taxa de crescimento no mês entre os estados, de 3,12%). Já em termos absolutos, destacaram-se os estados de São Paulo (+53.033), Rio de Janeiro (+19.865), Pernambuco (+18.613) e Paraná (+14.251).

Já os estados com o segundo melhor desempenho para o mês foram: Goiás (+6.855), Alagoas (+3.922), Maranhão (+3.429), Sergipe (+2.521), Mato Grosso do Sul (+2.409), Amapá (+644) e Roraima (+415). O único estado que apresentou queda no emprego foi Minas Gerais (-801), devido à presença de fatores sazonais relacionados ao cultivo de café (-20.202 postos).

Considerando as regiões, todas apresentaram elevação no emprego formal. Em números absolutos, a liderança coube à Região Sudeste (+74.895 postos ou +0,37%). Na sequência, se destacaram as regiões Nordeste (+59.513 postos ou +1,02%), Sul (+27.457 postos ou +0,41%), Centro-Oeste (+15.096 postos ou +0,54%) e Norte (+13.4856 postos ou +0,84%).