Consultora indica motivos que impedem profissionais de fazer o marketing pessoal

Dentre eles, está cultura da humildade, que faz com que pessoas pensem que estão sendo prepotentes

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A necessidade de se fazer o marketing pessoal começou quando a competitividade no mercado de trabalho ficou mais acirrada. “Ele chegou como um diferencial”, disse a psicóloga organizacional do IDORT-SP, Rosana Bueno.

Entretanto, de acordo com ela, existem algumas crenças sociais que impedem as pessoas de fazer o marketing. A primeira delas, que deve ser destacada, é o culto à humildade. “As pessoas pensam que serão prepotentes, caso o façam”, disse Rosana.

“Na vida pessoal, fazer o marketing pessoal é prepotência, mas na profissional, é sobrevivência”, completa. De acordo com ela, um profissional pode perder uma vaga de emprego porque deixou de dizer que fez um determinado curso ou completou um projeto.

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Outros motivos

Além disso, a consultora ainda disse que o brasileiro não possui o hábito de falar sobre si mesmo, a não ser para mostrar defeitos. “Somos de um país de baixa auto-estima, e pensamos que o do outro sempre é melhor”.

Ela ainda exemplificou um outro caso cultural que impede as pessoas de fazer o marketing pessoal: na infância, quando chamávamos atenção, logo diziam “quer aparecer, coloca uma melancia no pescoço”. “O que fica culturalmente disso é que aparecer é algo ruim”.

Por isso, o que fica no subconsciente é que quando uma pessoa se sobressai e deixa isso claro está humilhando as demais. “Falar dos sucessos, vitórias e conquistas ficou sendo algo ruim”.

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Esclarecimento

Ainda segundo Rosana, é preciso deixar algo claro: “o marketing pessoal abre portas, mas não mantém a pessoa no emprego”.