Confira mais de 15 ideias para não perder o emprego diante da crise nas empresas

"Muitos profissionais pensam que somente porque têm um bom currículo estão a salvo", afirma diretor da Caliper

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Escassez de recursos, fuga de clientes e receio quanto ao futuro são variáveis que orquestram o momento atual protagonizado pelas empresas.

Ninguém mais duvida que o País esteja em crise, ao lado do resto do mundo. É verdade que há quem desconheça pessoas que perderam o emprego desde que a turbulência econômica por aqui chegou, mas muitos ao menos ouviram falar de uma vítima. Além disso, o noticiário favorece o alarde no mercado de trabalho.

O diretor de Desenvolvimento Organizacional da Caliper, George Andrew Brough, garante aos profissionais que não é hora de ficar temeroso quanto ao futuro de seus empregos. “O ideal é inverter a situação, ser proativo e agregar valor à empresa. Assim, mesmo que seja demitido, o profissional terá muito mais chances de conseguir outro trabalho, pois sabe que tem as competências necessárias”.

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Além disso, segundo ele, não se pode pensar que demissões estão sempre atreladas à incompetência. “Os melhores profissionais às vezes são demitidos por decisão estratégica da empresa. Pode ser que seu departamento seja fechado ou que se optou por dispensar aqueles que tinham os salários mais altos”, explica.

Como inverter a situação de medo

Este, sim, é o momento de agir. Para início de conversa, de acordo com Brough, as pessoas têm de entender que as empresas contratam por causa do currículo, ou seja, falam mais alto, no processo seletivo, a formação e a experiência. No entanto, elas acabam demitindo por conta do comportamento no dia-a-dia, de maneira que o currículo é quase esquecido na hora de decidir quem está fora e quem está dentro.

“Muitos profissionais pensam que somente porque têm um bom currículo estão a salvo”, afirma o diretor da Caliper. Dependendo do status empreendido no currículo, alguns podem até agir com arrogância, demonstrando aos colegas certo ar de quem já sabe tudo ou de que é superior aos outros.

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“Mas não é o currículo que faz a diferença na hora de demitir. O que faz a diferença é o comportamento no dia-a-dia, a forma como o profissional interage com as pessoas dentro e fora da empresa. Não adianta se esconder atrás de um título”.

Qual o foco das empresas?

A CEO do Grupo Quantum Assessment, Claudia Riecken, explica que os aspectos que valorizam os profissionais nas empresas são sempre os mesmos, “mas, num momento de exacerbadas incertezas, é um imperativo estar ligado no curto prazo, com compromisso de qualidade em longo prazo”.

“As empresas estão se revelando ansiosas, por meio de seus dirigentes, e desejosas de evitar perdas maiores. A perspectiva imediata de ser menos atingido por uma onda qualquer de perdas ou dificuldades alivia a diretoria da organização e torna o mensageiro da boa notícia alguém indispensável. Em termos práticos, troque o seu senso de urgência pelo de eficiência. Queira ser realmente eficiente. Mostre ao seu chefe como ele se beneficiará disso e procure adotar um estado de espírito próprio dos melhores sobreviventes”, aconselha Claudia.

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Veja mais algumas dicas da especialista para não perder o emprego:

  1. Mantenha a visão de curto e longo prazo no negócio;
  2. Comunique-se com clareza;
  3. Aprimore sua abordagem gerencial, prática. O nome do jogo é agilidade e resposta rápida. Mande seu recado à chefia: “aqui tem atitude, vamos passar bem pela crise;
  4. Não se queixe das circunstâncias. Proponha alternativas no lugar disso;
  5. Ofereça ajuda desinteressada, quando perceber que pode e sabe como ajudar;
  6. Venda suas idéias e seus projetos. Sinalize com ganhos para os que adotarem suas propostas;
  7. Tenha cuidado ao expor suas ideias e opiniões;
  8. Descubra o que é mais importante para a empresa e comprometa-se com isso ou apoie o responsável pelo mais importante;
  9. Procure leituras qualificadas e aprimore sua busca de informações úteis na internet;
  10. Em crises, os resilientes saem na frente. Eles são flexíveis na hora do aperto, em um downsizing, por exemplo, procuram enxergar oportunidades em meio aos problemas, arquitetam planos de reconstrução, encontram maneiras criativas de fazer as coisas funcionar bem para a empresa e seus clientes e tornam-se referência no grupo;
  11. Siga sua intuição. Ao perceber que pode estar na lista de demissões, procure enfrentar o tema abertamente e negociar uma forma válida de contribuição;
  12. Se você já foi desligado, arregace as mangas. Nada de ficar parado. Procure atividade voluntária e apoio em grupos de suporte. Sua recolocação depende muito do seu astral, então, controle suas emoções;
  13. Seja positivo com pessoas negativas. Evite irritar-se ou discutir. Ouça, compreenda e ofereça apoio para dias melhores;
  14. Fazer um MBA ou curso de especialização é sempre positivo, mas não às pressas, para tentar se segurar a todo custo. Não se pode salvar um relacionamento depois que a pessoa já partiu ou quer partir. Pesquise e escolha o curso certo e a instituição certa. Devemos estudar porque queremos nos aprimorar profissionalmente e buscamos mais cultura, mas não por causa de uma crise.

Mais dicas

George Andrew Brough lembra que o profissional que espera alguém dizer o que ele deve fazer está em posição vulnerável. E dá a dica: “Não confunda atividade com produtividade. O simples fato de você estar fazendo muita coisa não significa que esteja gerando resultados concretos para a empresa”.

Ele ainda adverte que é essencial não cair na armadilha do “isso não é trabalho meu”, porque as empresas odeiam essa postura, garante. “As organizações estão de olho em pessoas proativas, que agregam valor para o negócio. Gestores reclamam muito da falta de talentos no mercado”, completa.