Comunicação sem barreiras: saiba por que expressar suas ideias pode ser tão positivo

Empresas valorizam profissionais pró-ativos que possam agregar ao grupo e que ajudem a companhia a reduzir seus gastos

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – A reunião começa e apenas a voz do gestor se faz presente. Os demais funcionários que teriam muito a contribuir se falassem, preferem o silêncio – este muitas vezes causado pelo receio de se expor ou pela falta de ideias.

A cena até poderia ser inusitada se não fosse tão comum em algumas corporações, afinal, quem é que nunca deixou de dar uma grande ideia em uma reunião por medo de possíveis represálias?

O problema, entretanto, é que manter tal postura pode ser prejudicial não só aos funcionários, mas também para as empresas, já que no final todos perdem com isso.

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“Ao não contribuir com ideias em uma reunião, o profissional pode se colocar em uma situação um tanto quanto delicada, pois as companhias buscam pessoas pró-ativas que possam agregar ao grupo”, explica a especialista em soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital, Renata Perrone.

Segundo ela, os colaboradores que contribuem com ideias de forma natural costumam se destacar. “Os funcionários que contribuem acabam se destacando no grupo, sendo reconhecidos e lembrados em projetos futuros da organização”, avalia.

Timidez não deve ser problema
Mas e se o colaborador for tímido, o que ele deve fazer? De acordo com Renata, neste caso, o ideal é que ele respeite a própria personalidade, mas sem deixar de contribuir por isso, é claro.

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“Ele pode anotar a ideia em um papel e se pronunciar na ocasião mais oportuna, mas sem deixar de se expor, pois a informação dele fará bem para a empresa”, sugere a especialista.

E nada desânimo se alguém sugerir justamente aquilo que você estava pensando. Nessa hora, o profissional pode aproveitar o momento e complementar a ideia do colega. “Não adianta competir para ver quem dá mais sugestões. O que vale é a cooperação”, diz Renata.

Como se expor?
Como tudo em excesso não é bom, os funcionários que gostam de colaborar demais também precisam ter cuidado, afinal, as competências positivas costumam ser muito bem vistas, mas o exagero pode causar uma má impressão.

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“O profissional precisa ter bom senso e não querer aparecer. As ideias têm que ser sempre apresentadas de forma natural e, no máximo, em dois minutos”, orienta Renata.

Segundo ela, exposições acima desse período não trazem bons resultados, já que os ouvintes só costumam prestar atenção no que é dito por pouco tempo.

Ideias que valem ouro
Hoje, a contribuição dos profissionais costuma ser tão valorizada pelas empresas, que muitas delas realizam campanhas de incentivo oferecendo prêmios para os colaboradores que sugerirem as melhores ideias.

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Geralmente, as sugestões são enviadas para um comitê que, após uma análise, premia as ideias que mais contribuem para otimizar processos e reduzir custos.

“O prêmio que essas empresas oferecem dependerá da política de cada corporação. Algumas oferecem um vale de uma loja do varejo para consumo, já outras preferem valores em dinheiro ou até uma experiência inusitada, como andar de balão, por exemplo”, diz o diretor das divisões de finanças, banking e seguros da Michael Page, João Marco Adamo Beltrão Frederico.

Segundo ele, é comum encontrar ainda organizações que presenteiem seus colaboradores com uma espécie de “Cartão Presente”, que permite aos empresários a inserção de créditos em dinheiro para o uso do profissional – que pode gastar o valor como bem entender.

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E lembre-se: nada de trazer ideias se você não tiver um bom plano de como implantá-las. “Os funcionários precisam trazer a solução pensando sempre no custo de tal ideia e no retorno financeiro da corporação”, completa Frederico.