Compra da Casas Bahia pelo Grupo Pão de Açúcar: como ficarão os funcionários?

Sindicato acredita que colaboradores poderão perder seus empregos, mas advogado afirma que haverá contratações

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Na última sexta-feira (4), o Grupo Pão de Açúcar confirmou a compra das Casas Bahia. Com a associação, o Grupo passa a contar com 137 mil funcionários e a ocupar a posição de maior empregador privado do Brasil. Mas no momento de aquisição entre empresas, sempre surge a preocupação
sobre a demissão de colaboradores.

De acordo com o advogado da Lemos Jorge & Lima Assafim Associados, André Lemos Jorge, neste caso, não haverá demissões. Ao contrário disso, com o crescimento do Grupo, a expectativa é de que sejam abertas mais vagas e de que as pessoas que já trabalham nas empresas sejam mantidas.

“É muito difícil o comércio varejista demitir. Os consumidores têm uma identidade com a loja e com o vendedor. Faz parte de uma estratégia de vendas”, afirma Jorge.

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Segundo o advogado, as demissões só ocorrerão nos cargos mais altos, como diretores e responsáveis setoriais, já que não é necessário ter duas pessoas exercendo a mesma função em determinados postos.

Opinião contrária

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo acredita que a compra poderá causar demissões, por isso solicitou reunião com a direção do Pão de Açúcar para conversar sobre a manutenção do emprego e a equalização dos benefícios entre os funcionários.

“Vamos chamar o Ministério do Trabalho para acompanhar o processo e também vamos solicitar a participação dos trabalhadores nas discussões, pela garantia dos empregos”, afirmou o presidente do sindicato, Ricardo Patah.

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A entidade teme que o novo conglomerado siga o exemplo do Wal Mart, a maior rede de varejo do mundo, que não tem bom relacionamento com os colaboradores, principalmente nos Estados Unidos, onde fica a matriz do grupo.