Comportamento: você sabe como lidar com profissionais resistentes às mudanças?

Para professor, a notícia deve ser anunciada com clareza, pontuando os objetivos e as perspectivas de ganho

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – No mundo corporativo, as relações interpessoais são um dos principais problemas que os profissionais enfrentam. Lidar com diferentes perfis não é uma tarefa fácil, e isso, normalmente, gera bastante estresse. E quando o profissional com quem você trabalha é extremamente resistente às mudanças, será que é possível lidar com isso evitando discussões?

O professor do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Gilberto Cavicchioli, explica que há diversos motivos que podem tornar um profissional resistente às mudanças. Essa resistência pode estar acontecendo por medo de que ela trará mais trabalho; ou porque a mudança está sendo comunicada de forma incorreta; ou, simplesmente, por que é percebida como algo obrigatório.

A chave dessa questão, portanto, é como a notícia da mudança é anunciada. “O responsável por anunciar a mudança deve ter muita clareza das implicações dessa alteração”, diz o professor. Na prática, o profissional deve saber porquê a mudança está sendo implementada, quais os objetivos dela e quais as perspectivas de lucro que ela trará, por exemplo.

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Passo a passo
O professor, inclusive, cita uma ferramenta que ajuda nesse processo: o SMART. Cada letra é um ponto a ser analisado para propor a mudança. O “s” é de specific (específico), ou seja, quer dizer que a mudança deve ser muito bem detalhada, “o que queremos com ela?”.

O “m” é de measurable (mensurável), que significa que se deve pensar nos meios de mensurar os ganhos com essa mudança: “o quão importante ela é?”. Já o “a” vem de attainable (arrojada), ou seja, ela vai exigir das pessoas uma postura que até então não era exigida e eles precisam se preparar para isso.

O “r” é de relevant (relevante), ou seja, os profissionais envolvidos devem entender o quão relevante é a mudança, “o líder tem que explicar que as coisas vão mudar porque isso vai ser positivo para a área”, pontua Cavicchioli.

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Por fim, o “t”, se refere ao timely (prazo). “O processo de mudança tem que ter um prazo para ser implementado. “A equipe não deve estar em permanente mudança”, explica o professor. Qualquer alteração deve ter data para começar e para terminar.

Quando o profissional tem bem claro todos os pontos da mudança, ele se torna menos resistente. Isso acontece porque muitas vezes a resistência à mudança vem justamente desse sentimento do desconhecido. “Se você não sabe qual o resultado que isso vai gerar, nem para que está sendo feito, não vai querer mesmo fazer”, finaliza o professor.