Colaboradores são os que mais resistem a mudanças de estratégia nas empresas

Estudo da Hay Group revela que 79% dos profissionais não acreditam que a empresa em que trabalham atingirá as novas metas

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Que ninguém gosta de mudanças repentinas todos sabem, mas o que poucos imaginam é que em uma organização, os colaboradores são os que mais costumam resistir às novidades.

De acordo com uma pesquisa da FTSE 350 divulgada pela Hay Group na manhã de hoje (22), 79% dos gestores consultados pelo levantamento não acreditam que a empresa em que trabalham conseguirá concluir seus planos com sucesso se adotar uma nova estratégia. Já 44% deles alegam que apenas colaborarão com as mudanças se forem forçados à isso.

“As pessoas querem fazer parte do projeto, querem opinar, participar, colocar ‘o dedo’ no negócio”, explica o consultor da Hay Group, Renato Ferrari.

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Comunicação problema
Mas por que será que essa resistência acontece? De acordo com Ferrari, por uma questão simples: falta de engajamento e problemas de comunicação.

“Uma mudança de estratégia normalmente envolve apenas os cargos de mais confiança, fato que dificulta a participação dos colaboradores no processo decisório. Com isso, fica ainda mais difícil contar com a aceitação de todos os profissionais, afinal, a maior parte deles não se envolveu no projeto”, explica.

E se você duvida disto, basta olhar com atenção os resultados da pesquisa. Segundo o levantamento, 6% dos gestores consultados afirmaram ter a intenção de sabotar os planos da empresa nos bastidores.

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Estratégias abertas
Para solucionar esse problema, abrir o jogo ainda é a melhor solução. Dessa forma, os contratados entenderão sua importância para a companhia.

“Quando o colaborador entende qual a participação dele nas novas medidas e como isso impacta nos resultados da empresa, ele passa a colaborar mais’, avalia a diretora de RH da FMC, Maria Lúcia Murinelli.

Para comunicar os novos planos, a recomendação é que o líder de cada nucleo leve a informação para seu time sem esquecer de não imporas novas medidas durante o comunicado. “Ao invés de dizer as coisas que a empresa pretende mudar, o líder deve apresentar as razões que levaram a companhia a pensar diferente e mudar sua postura”, explica Ferrari.