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SÃO PAULO – Coerência e amplitude na recuperação da atividade na indústria de transformação foram reveladas pelos indicadores industriais que, descontados os efeitos sazonais, apresentaram crescimento na passagem de abril para maio.
As informações compõem a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta quarta-feira (05) pela Confederação Nacional da Indústria, que registrou um aumento de 0,73% nas vendas industriais e claros sinais de crescimento da produção neste setor.
De acordo com a pesquisa, este crescimento nas vendas é estimulado pelo forte crescimento do consumo interno, que por sua vez reflete a expansão real da massa de salários e as melhores condições de crédito, em função das taxas de juros mais baixas.
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Horas trabalhadas e emprego em expansão
Além disso, no mês de maio foi registrado um aumento de 1,19% nas horas trabalhadas, mesmo após a alta de 0,77% registrada em abril, tendência que deve continuar, já que outros levantamentos sugerem que os estoques encontram-se próximos do nível desejado.
Respondendo quase que prontamente ao crescimento na atividade industrial, o pessoal empregado no setor no mês de maio foi 0,46% maior do que no mês de abril, configurando o quarto mês seguido de expansão deste indicador.
Sem riscos de gargalo
No mês de maio, a indústria operou com 81,3% da capacidade instalada, contra 81% no mês anterior. Esse leve crescimento resulta da maior atividade na indústria e se opõe ao movimento de forte queda registrado pelo indicador ao longo de 2005.
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Neste sentido, os riscos de gargalos à expansão da produção em 2006 parecem remotos, principalmente porque as Contas Nacionais do início do ano indicam uma expansão nos investimentos.