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SÃO PAULO – As “novas solteiras” estão tendo acesso a melhores postos de trabalho e migrando aos centros urbanos. Mas, longe de serem solitárias porque esperam encontrar o grande amor, elas fazem escolhas ao longo da vida e uma delas é a de priorizar a carreira profissional para marcar seu lugar no mundo.
A conclusão é da tese de doutorado da educadora Eliane Gonçalves, intitulada “Vidas no singular: noções sobre “mulheres sós” no Brasil contemporâneo” e apresentada ao IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da Unicamp.
Conforme veiculado pelo jornal da universidade, a explosão de mulheres solteiras vem sendo enaltecida na mídia, nos filmes e seriados de televisão, que, geralmente, trazem o mesmo estereótipo: a mulher solitária e mal-resolvida, à espera do príncipe encantado. O estudo justamente contradiz esse estereótipo.
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Foco na carreira
Na verdade, essas mulheres tidas como “solitárias” são ótimas funcionárias, de acordo com o estudo, já que a maioria das doze entrevistadas, com idades entre 29 e 53 anos, dá muita importância ao trabalho, que é uma forma de obter autonomia, renda própria.
Elas ainda afirmaram que são admiradas, pois possuem a capacidade de criar e manter um teto todo seu. Por isso, a solidão passou a ser algo positivo.
Participação no mercado
A participação das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado cada vez mais. Em 2006, elas somavam 42,6 milhões. De 2004 para 2005, essa participação cresceu de 43,1% para 43,5%. Já de 2005 para 2006, o percentual passou para 43,7%, de acordo com a Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Com relação aos níveis mais altos de escolaridade, quase 43,5% das mulheres concluíram o ensino médio (11 anos ou mais de estudo). Por outro lado, apenas um terço dos homens possuía esse mesmo grau de instrução. As mulheres mantêm esta liderança desde 1996.