Carreira: grande parte das inovações são feitas por pessoas de meia idade

"Idade média em que as inovações foram produzidas cresceu seis anos durante o século 20", diz pesquisador

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A maturidade tem um grande peso para a carreira. Não apenas pela experiência, mas também por proporcionar às pessoas mais criatividade. Estudo realizado pela Kellogg School of Management revela exatamente isso: as inovações são realizadas cada vez mais por pessoas com idade mais avançada.

“Usando dados dos vencedores do Prêmio Nobel e de grandes inventores, eu encontrei que a idade média em que as inovações foram produzidas cresceu seis anos durante o século 20”, afirmou o professor responsável pelo estudo, Benjamin Jones, que levou em consideração cerca de 700 inventores.

De acordo com o pesquisador, no início do século 20, os grandes inventores tinham em média 36 anos no momento em que realizaram seu grande feito. No final do mesmo século, essa média subiu para 40 anos. O fato pode ser explicado pela improdutividade dos profissionais mais jovens.

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Mola para a invenção

A criatividade pode ser considerada a base para uma grande invenção. É importante que as pessoas compreendam que criatividade não é um dom pessoal, e sim uma capacidade que pode e deve ser desenvolvida, na opinião de Denise Bragotto, consultora do IDORT-SP, que também é diretora da Criabrasilis (Associação Brasileira de Criatividade e Inovação).

“Trata-se da primeira barreira a ser removida. Essa crença impede que as empresas tenham acesso a milhares de novas idéias latentes em seus colaboradores”.

“Criatividade implica fazer diferente e, quando tentamos ser ou fazer algo diferenciado, estamos nos arriscando. E tudo que envolve risco gera ansiedade, então é preciso aprender a tolerar as incertezas e aprender a lidar com elas. Portanto, ser criativo envolve várias dimensões: intuição, afetividade, inteligência e razão”, disse ela.