Carnaval paulista gera 4,3 mil empregos diretos

Somente as escolas de samba do Grupo Especial empregam 2.430 trabalhadores. No geral, a cidade conta com 95 agremiações, dividas em 9 categorias

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – O Carnaval paulista deixou de ser uma marchinha para se tornar um grande samba-enredo e, a cada ano que passa, fica mais profissional. A festa atrai milhares de turistas, movimenta a economia da cidade e gera empregos. Ao todo, 4,3 mil vagas no mercado de trabalho, segundo o Censo do Samba, divulgada na terça-feira (9) pela SPTuris – empresa responsável pelo turismo da cidade.

O estudo mostra que uma escola de samba do Grupo Especial gera em média 173 empregos diretos. Ao todo, são 2.430 vagas nessa categoria. As escolas do Grupo de Acesso, por sua vez, geram 111 empregos direto em média, somando 894 oportunidades.

Já as escolas do Grupo 1, 2, 3 e 4 geram, em média, 45, 12, 10 e 11 empregos diretos. Ao todo, são 930 oportunidades nessas categorias. Os Blocos Especiais, por outro lado, geram ao todo 137 empregos diretos.

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No geral, a cidade de São Paulo conta com 95 agremiações em funciamento, dividas em 9 categorias. Em 2010, o investimento das escolas para a realização da festa chegou a R$ 36,8 milhões. E os turistas deixaram R$ 51 milhões na cidade.

Quem trabalha no Carnaval?
O Censo do Samba compila informações sobre o perfil dos profissionais que atuam no Carnaval identificado em 2006 pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho ao analisar as escolas de samba da Zona Norte da cidade, onde quase 40% dos contratados trabalhavam apenas para as escolas de samba.

De maneira geral, 41,1% dos profissionais envolvidos na preparação do Carnaval ganham até R$ 350, 51,2% são mulheres – o que é influenciado principalmente por atividades como costura, bordados e acabamentos mais detalhados.

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Um total de 80,5% dos entrevistados não fez nenhum curso específico ou preparatório para a atividade exercida. Para a SPTuris, isso significa que existe uma necessidade de aprimoramento e/ou investimento em reciclagem profissional.

A pesquisa mostra que 28,8% dos profissionais que se envolvem na festa trabalham mais de oito meses por ano em escolas de samba e 46,6%, mais de oito horas por dia.

Considerando aqueles que têm outras atividades, 8,2% são costureiras, 5,8% são recepcionistas, 5,3% são cabelereiras, 4,8% são auxiliares administrativos e 4,3% são seguranças e agentes escolares. Dos profissionais que atuam nas escolas, 28% são aderecistas, 12,2% são costureiras e 11,7%, auxiliares.