Cabeça raspada pode ser uma vantagem para líderes, diz WSJ

Homens com cabeça raspada são vistos como mais masculinos, dominantes e com maior potencial e liderança, diz estudo de Wharton, da Universidade da Pensilvânia

Edilaine Felix

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Quer ser promovido? Então corte o cabelo. Segundo estudo da escola de administração de Wharton, da Universidade da Pensilvânia, os homens com cabeça raspada são vistos como mais masculinos, dominantes e com maior potencial de liderança do que aqueles com cabelos mais compridos ou calvos.

Segundo o estudo, publicado no Wall Street Journal, isso pode explicar por que esse era o visual observado entre os líderes empresariais dos últimos anos. Assim como fundador da Netscape, Marc Andreessen, de 41 anos, o diretor-presidente da DreamWorks Animation SKG, Jeffrey Katzenberg, de 61, e o diretor-presidente da Amazon, Jeffrey Bezos (foto), de 48, todos com cortes bem rente.

Para alguns executivos esse estilo parece mais jovem, ou pelo menos faz com que sua idade fique menos evidente, ou lhe dá mais confiança para disfarçar a calvície.

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“Eu não estou dizendo que raspar a cabeça fará de você uma pessoa de sucesso”, diz o escritor Seth Godin, 52 anos, que adotou o visual já vinte anos. “Isso mostra que você decide o que é, em vez de tentar fingir ser outra coisa”.

Testes
O professor de administração da Wharton, Albert Mannes, realizou três experiências para testar as percepções das pessoas diante de homens com cabeças raspadas. Em uma dela, mostrou 344 fotos de homens em dois momentos: com cabelo e outra alterada digitalmente que a cabeça parecia raspada.

Nos três testes, os participantes relataram que os homens com cabeça raspada eram mais dominantes que aqueles que tinham cabelo.

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O professor Mannes, da Wharton, diz que a pesquisa foi inspirada depois que percebeu que ele próprio era tratado com mais deferência quando raspava a cabeça, já meio calva.

Para ele, o visual cabeça raspada está associado a imagens hipermasculinas, como militares, atletas profissionais e heróis de filme de ação de Hollywood, como Bruce Willis.

Em um estudo feito em 2010 pela fabricante de lâminas de barbear Gillette, divisão da Procter & Gamble, 13% dos entrevistados alegaram razões variadas para raspar a cabeça, como moda, esporte ou cabelo em queda.

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O diretor-presidente da rede americana de restaurantes Red Robin Gourmet Burgers Inc., Stephen Carley, 60 anos, disse que raspar a cabeça deu a ele uma alavancada na autoconfiança, quando estava trabalhando com jovens de 20 e poucos anos em startups nos anos 1990. Depois de raspar o cabelo já bem reduzido, “eu não me sentia mais como o vovô do escritório”. Ele acrescenta que o novo visual lhe deu “a impressão de que ficou muito mais difícil descobrir quala minha idade”.