Brasileiros criam campanha para denunciar xenofobia na Universidade de Coimbra

A chapa estudantil "Lista R - Reset à AAC" combate discriminação, homofibia, racismo e machismo de portugueses dentro da universidade

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Campanha que denuncia xenofobia na Universidade de Coimbra contra intercambistas brasileiros está ganhando força na internet. A mobilização faz parte da “Lista R – Reset à AAC”, chapa estudantil composta por brasileiros e portugueses estudantes que combatem a discriminação, homofobia, racismo e machismo dentro da universidade.

O movimento, iniciado em novembro de 2013, denunciou através das redes sociais abusos de professores e alunos. Com cartazes, o grupo revela frases preconceituosas ouvidas pelos corredores da instituição, como “As alunas brasileiras precisam cuidar o comportamento, caso contrário, reforçarão o esteriótipo de prostitutas…”, disse uma professora da Universidade de Coimbra. Outro funcionário já disse: “Brasileiros e os pretos deviam todos morrer!”

Os cartazes foram expostos durante as eleições gerais da Associação Académica de Coimbra, similar aos diretórios acadêmicos do Brasil. Mesmo não ganhando – a Lista R ficou em 3ª lugar -, o movimento colocou em pauta um tema pouco abordado entre os países e mostrou a necessidade de sua discussão.

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“Coimbra é uma cidade multicultural, com pessoas e espaços diferentes, mas o que infelizmente não tem acompanhado esta diversidade é a necessária igualdade de direitos e oportunidades”, afirmou o grupo, em seu site. “Não é tudo bonito, não somos todos plenas partes de um todo. Os problemas existem – e temos que os reconhecer.”

De acordo com ao grupo, a universidade nega as denúncias e afirma que a iniciativa não se justifica. A instituição alega que “alguns cartazes contêm denúncias falsas, desvalorizando o problema e deslegitimando a palavra das vítimas.”