SÃO PAULO – No Brasil, foram geradas 583.886 vagas de trabalho nos três primeiros meses do ano, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta terça-feira (19).
Somente em março, foram gerados 92.675 postos de trabalho. Frente ao mês anterior, foi registrado crescimento de 0,25% no estoque de emprego, resultado oriundo de 1.765.922 admissões e 1.673.247 desligamentos, maior registro da série histórica.
“Em março houve recorde de desligamentos. Este comportamento do empresariado não condiz com a reclamação de que falta de mão de obra qualificada”, disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O ministério acredita ainda que o resultado modesto apresentado em março, na comparação com janeiro e fevereiro, é devido, em parte, pela antecipação de contratações realizadas pelos estabelecimentos no mês de fevereiro e pela redução de dias úteis em março por causa do Carnaval.
“Março foi um mês atípico, e o resultado não tem, ainda, a meu ver, relação com uma possível desaceleração da economia. O mercado de trabalho está muito ligado ao mercado interno, e não vejo nestes dois demonstrações claras de desaquecimento; pelo contrário, o Brasil continua produzindo muito e vendendo para os brasileiros”, declarou Lupi.
Setores
Na análise entre os oito setores de atividade econômica, sete elevaram o nível de emprego no mês, com recorde para o setor Extrativo Mineral. Entre os 25 subsetores, 19 expandiram o emprego no mês, com dois deles revelando saldos recordes, três o segundo melhor saldo e um o terceiro maior resultado para o período.
Em relação às 27 Unidades da Federação, os dados revelam que 12 apontaram elevação do emprego, com recorde no Amazonas. Houve expansão do emprego em oito das nove áreas metropolitanas, com a geração de 42.116 postos de trabalho (0,28%). No interior dos estados das regiões metropolitanas foram gerados 60.208 postos, equivalentes ao crescimento de 0,46%.
Salário
Sobre o salário médio de admissão, no primeiro trimestre, houve um aumento real de 2,92%, em relação ao mesmo trimestre de 2010, ao passar de R$ 868,95 em 2010, para R$ 894,32 em 2011.