Brasil abre 112.450 empregos formais em março

O resultado do mês passado, o melhor dos últimos três anos para meses de março, ficou inferior aos 123.446 empregos gerados em fevereiro

Reuters

(Wikimedia Commons)

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BRASÍLIA, 17 Abr (Reuters) – O Brasil registrou abertura de 112.450 vagas formais de trabalho em março, ligeiramente acima do esperado pelo mercado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira.

Pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil vagas.

O resultado do mês passado, o melhor dos últimos três anos para meses de março, ficou inferior aos 123.446 empregos gerados em fevereiro e acima das 111.746 vagas abertas em março de 2012, nos dados sem ajustes.

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A oferta de emprego com carteira assinada no mês passado foi puxada pelo setor serviços, com 61.349 vagas, já descontadas as demissões. A indústria da transformação registrou contratação líquida de 25.790 trabalhadores e a construção civil admitiu 19.709 operários. Já o setor da agricultura fechou 4.434 vagas.

Ao comentar os dados, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o avanço das oportunidades no setor serviços, que influenciou o resultado de março, está ligado à melhora dos salários dos trabalhadores.

Ele também argumentou que as oportunidades de trabalho no setor industrial é um sinal de recuperação do setor, e explicou que a seca no Nordeste e a entressafra influenciaram os dados negativos do emprego na agricultura.

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O mercado de trabalho é uma das principais variáveis que sustentam o crescimento econômico, neste momento em que a retomada da economia ainda não deu sinais consistentes.

Mesmo assim, a demanda já começou a dar sinais de cansaço, com as vendas de varejo tendo registrado em fevereiro a primeira queda em quase dez anos, afetadas pela inflação ainda elevada.

Ainda nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne e a expectativa do mercado é de que eleve a Selic, hoje na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano.

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Em relação ao nível de desemprego, o último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), refere-se a fevereiro quando a taxa ficou em 5,6 por cento, o nível mais baixo para esses meses desde o início da série em 2002.

(Reportagem de Luciana Otoni)

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