Avaliação de clima organizacional: como agir nestas situações?

Para especialista, a transparência é a melhor escolha, mas é importante ponderar alguns elementos antes de criticar

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – As relações no ambiente de trabalho podem ser altamente motivadoras para os profissionais, colaborando com a eficiência e produtividade da equipe. Mas a realidade também pode ser diametralmente oposta, fazendo com que os colaboradores percam cada vez mais o interesse no desenvolvimento dos projetos.

Justamente para identificar em quais das duas situações a empresa está, são feitas as famosas avaliações de clima organizacional. A grande questão é: será que as empresas e os chefes sempre recebem bem as insatisfações dos colaboradores? A dúvida se devemos ou não ser sinceros ao fazer esse tipo de avaliação faz sentido, mas há algumas formas de você mesmo descobrir como se posicionar.

Transparência é a melhor opção
De acordo com a analista de Recursos Humanos da Inthegra Talentos Humanos, Vianei Altafin, a transparência é a melhor opção, pois ajuda tanto a empresa, que pode melhorar com o feedback, quanto o funcionário, que ao colocar para fora suas insatisfações se sente mais leve e feliz. Mas antes de começar com as críticas, é interessante avaliar alguns pontos.

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Primeiro, certifique-se de que o apontamento faz sentido e não é apenas implicância da sua parte ou reflexo de algum problema pessoal. Segundo, avalie o quanto o seu chefe ou mesmo a empresa estão abertos às críticas. Essa análise pode ser feita observando o histórico da organização.

“Muitas vezes as empresas não estão preparadas para ouvir”, comenta Vianei, e, nesse caso, o profissional deve ter o máximo de cautela. A solução é buscar estratégias e caminhos para que sua crítica não tenha um impacto tão grande. Nesse sentido, Vianei sugere que o profissional escolha bem as palavras, cite situações em que se sentiu menosprezado ou injustiçado, sempre dando explicações claras e diretas.

“Encontrar as palavras que não magoem, que não agridem”, recomenda Vianei, lembrando da importância de ser sempre educado, polido e profissional. Além disso, vale se esforçar para mostrar que sua crítica está sendo feita em favor da equipe, ou seja, com o objetivo de fazer com que o trabalho seja melhor, e as relações, mais produtivas.

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Assumindo riscos
Há situações, porém, que o profissional se sente altamente inseguro a fazer qualquer tipo de crítica, ou porque o chefe é claramente avesso às avaliações ou mesmo porque já presenciou demissões causadas por esse tipo de questão. Nesse caso, Vianei observa que a decisão de fazer ou não a crítica vai depender do quão insatisfeito o profissional está e o quanto ele está propenso a assumir riscos.

Na prática, isso quer dizer que o profissional precisa avaliar se vale mais a pena para ele esconder suas insatisfações ou deixar claras suas opiniões e correr o risco de criar uma situação ainda pior ou mesmo perder o emprego.