Após anos de “sucateamento”, presidente da CVM defende movimento de servidores

Servidores querem mais vagas, equipação salarial e bônus por produtividade

Equipe InfoMoney

Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso do Nascimento

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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) divulgou uma nota pública nesta segunda-feira (26) em que defende o pleito dos servidores da autarquia, que estão em Operação Padrão desde o dia 19 de fevereiro. Eles pedem mais valorização da carreira, incluindo mais vagas, reajuste na remuneração e bônus por produtividade. A nota foi assinada por João Pedro Nascimento, presidente da autarquia e todos os membros do colegiado.

A CVM ressalta que o movimento, que implica suspensão de atividades, gerou alguns impactos nas áreas técnicas, incluindo cancelamento de reuniões, atrasos no atendimento de solicitações no âmbito do FalaBr e do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), na participação em grupos de trabalho, fóruns nacionais e eventos, além de interrupção da agenda regulatória, entre outros.

A CVM reconhece que o Governo Federal autorizou a realização de concurso público para a instituição – o que não acontecia há 14 anos – e ampliou o orçamento discricionário da autarquia para investimentos.

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“Porém, tendo em vista o sucateamento sofrido pela CVM nos últimos dez anos, nossos servidores entenderam pertinente listar pleitos complementares às medidas anunciadas pelo Governo Federal e que promoverão o fortalecimento da Autarquia”, afirma Nascimento em publicação no LinkedIn, na qual compartilhou a nota oficial da CVM.

Os servidores pedem as seguintes mudanças:

“Os impactos financeiros das medidas propostas são pouco expressivos diante do superávit anual proporcionado pela CVM aos cofres públicos e, claro, devido à importância do trabalho da Autarquia para o constante desenvolvimento do nosso Brasil”, reforça Nascimento em seu perfil no LinkedIn.

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Segundo a CVM, o valor total das arrecadações proporcionadas pelas taxas de fiscalização da autarquia ultrapassa, anualmente, a marca de R$ 1 bilhão (sem considerar o valor oriundo de multas e contrapartidas em termos de compromissos da CVM, que também gravita em torno de R$ 1 bilhão). O orçamento total (despesas obrigatórias e discricionárias) da CVM, por outro lado, não chega R$ 330 milhões por ano (considerando o dispêndio de recursos junto aos servidores ativos e aposentados).

“O Colegiado da CVM, por unanimidade, apoia as demandas dos nossos servidores, que, inclusive, a despeito do contexto delicado, vêm se mostrando comprometidos com a manutenção de serviços tidos como essenciais pela Autarquia. O Colegiado da CVM também entende que as demandas pleiteadas pelos servidores podem ser resolvidas de maneira faseada, e observando-se uma temporalidade adequada junto ao Governo Federal”, finaliza a CVM em sua nota.

“Ciência do arcabouço fiscal”

A CVM justifica as requisições dizendo que “tem ciência das limitações do arcabouço fiscal”, mas que convém esclarecer que os servidores apresentaram e sinalizaram a necessidade de resolução de demandas que:

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