Altos executivos temem os impactos da crise nas suas empresas, diz estudo

Para 68,2% dos executivos, as consequências da crise serão muito sérias para as suas instituições.

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os altos executivos temem os impactos da crise
financeira em suas respectivas empresas. Uma pesquisa divulgada pelo Grupo IBI, multinacional francesa especializada em reestruturação de empresas e gestão de pessoas, revelou que 68,2% dos executivos acreditam que as consequências da crise serão muito sérias para as suas instituições.

Os ingleses e os norte-americanos são os que se sentem mais atingidos com 88% e 84,2% respectivamente. Já os empresários brasileiros aparecem em terceiro lugar com 79,6%. O país que menos acredita nos impactos da crise nos seus negócios é a Finlândia (39,7%).

O estudo foi realizado com 7.590 profissionais, em dezembro de 2008, nos seguintes países: Bélgica, Brasil, Finlândia, Polônia, Romênia, Rússia, Suíça, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália, China e Estados Unidos.

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Impactos

Quando questionados sobre os impactos da crise financeira, praticamente todos os entrevistados acreditam que a motivação da equipe será afetada. Além disso, o nível de estresse no ambiente de trabalho também será alterado.

Sobre as possíveis demissões, 62% dos executivos brasileiros acreditam que não haverá redução de mão-de-obra na sua equipe. Nos outros países pesquisados a média é de 64,5%.

Porém, para 76% dos altos executivos de todos os países pesquisados afirmaram que pode existir um programa de redução de custos dentro da empresa, em decorrência da crise.

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Em questão de congelamento salarial, as opiniões se mostram divididas. A maioria dos entrevistados, 42% acham provável a manutenção dos salários. Entretanto, 57% deles acreditam que os salários podem ser alterados.

O futuro

Os brasileiros lideram as opiniões sobre o fato de que suas empresas vão partir para novos projetos de desenvolvimento ou aquisição de novas instituições: 85% deles confiam nessa hipótese. Já a média mundial ultrapassa os 70%.

No que se refere a reestruturações empresariais, elas não devem acontecer para 58% dos executivos de todos os países. Contrariamente, 70% dos brasileiros acham que suas empresas irão passar por processos do tipo.

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As novas contratações não serão realizadas para 63% dos executivos nos próximos meses. Já entre os brasileiros a opinião sobre o assunto ficou um pouco mais equilibrada, 54% concordam que não serão abertos novos postos de trabalhos, mas 44% acreditam que surgirão novas oportunidades.

Carreira

Quando indagados sobre a perenidade no emprego, 67% dos executivos brasileiros revelam que terão problemas com esse tema.

Porém, em relação as possibilidades de evolução profissional, os brasileiros são os mais otimistas: 68% disseram que irão evoluir na carreira mesmo com a crise.

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No que se refere aos seus salários, o otimismo brasileiro prevalece mais uma vez, com 82% dos entrevistados acreditando que terão um aumento superior ou igual aos do anos anteriores. Apenas 6,5% não vislumbram essa possibilidade. Uma opinião bastante divergente quando comparada aos outros países, onde 40% dos entrevistados não acreditam em aumento e 27% acham que se houver aumento, esse será inferior aos dos anos anteriores.

As únicas equidades foram constatadas com relação ao futuro profissional e o futuro da empresa: 95,1% dos brasileiros acreditam em um futuro promissor da sua profissão e cerca de 80% dos entrevistados de outros países compartilham esse pensamento; já quanto ao futuro das suas empresas, 91,4% dos brasileiros estão confiantes e 78,4% dos representantes de outros países também.