A empresa em que você trabalha vai mal? Saiba se ficar vale à pena

Antes de ficar ou não em uma organização, profissionais devem avaliar o mercado e os acordos oferecidos pela organização

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Nem todos os profissionais contam com a sorte de atuar em uma empresa cuja situação financeira seja a mais positiva do mercado. Aliás, convenhamos, pensar em uma empresa dentro destes padrões seria praticamente impossível. Mas o que fazer quando seu supervisor abre o jogo e anuncia que negócios da companhia estão no vermelho? Será que ficar vale à pena?

De acordo com o presidente da De Bernt Entschev Human Capital, Bernardo Entschev, ao ser oficialmente notificado de tais condições, o trabalhador deve refletir.

“Optar por continuar em uma organização cuja situação financeira não seja lá das melhores pode até ser uma boa opção, se a empresa contar com um plano de recuperação financeira satisfatório”, explica.

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Vestindo a camisa
E, neste caso, é preciso ter coragem para vestir a camisa da companhia, afinal, aqueles que quiserem permanecer no trabalho terão de abrir mão de algumas ‘mordomias’ a que estão acostumados, como o famoso o bônus extra, por exemplo.

“O empregador, auxiliado pelo Recursos Humanos, pode conceder licenças aos funcionários, remanejar equipes, reduzir os salários da diretoria, cortar bônus e adequar os benefícios que são passíveis de reajuste”, explica a consultora da Muttare, consultoria de gestão, Roberta Yono Ebina.

Segundo ela, nestes casos, os diretores são os que mais costumam ser afetados, tendo não apenas seus salários e bônus reduzidos, mas também alguns de seus benefícios eliminados.

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“Para conter os problemas financeiros, uma companhia precisa segurar os gastos. Para isso, ela reduz o pacote de benefícios dos executivos. Aqueles acostumados ao uso do carro passam a não ter o acesso liberado. O mesmo ocorre com as viagens”, explica.

Para quem for sair
Quem decide sair, no entanto, pode aproveitar os planos de demissão oferecidos pela empresa. Nesta situação, os gestores costumam ser bem claros quanto aos acordos, que podem variar de rescisões voluntárias a acordos parcelados.

“Em um parcelamento, é importante que o trabalhador fique atento, pois, se a empresa está com problemas financeiros sérios, não é interessante para ele parcelar o pagamento da rescisão em um prazo muito longo”, recomenda Entschev.

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Segundo ele, neste caso, o profissional pode ser prejudicado, já que dentro de poucos meses a companhia pode decretar falência e deixar de quitar o débito trabalhista. “O ideal é que o parcelamento seja feito no menor prazo possível”, aconselha.

Decisão
Independentemente da decisão que o profissional venha a tomar, de ficar ou não na empresa, o importante é que ele seja apresentado a todas as alternativas possíveis e, de posse de todas as informações, que possa escolher aquela que melhor convém, chegando a um acordo direto com o próprio empregador.

“A situação deve ser sempre tratada com muita transparência. O gestor precisa expor a questão ao profissional de forma madura, tratando o adulto como adulto e conferindo a ele o poder de tal decisão”, diz Roberta.