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Por que a demanda de brasileiros por imóveis em Aspen não para de crescer

Escassez de terrenos sugere contínua valorização imobiliária e atrai investidores para a região.

Lucinda Pinto

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O mercado imobiliário já voltou a se aquecer em várias partes do mundo. Mas, em Aspen,  a demanda por imóveis parece estar ainda mais quente – apesar dos termômetros apontarem temperatura abaixo de zero nestes dias –, inclusive entre brasileiros.  Destino tradicional para a prática de esqui, a cidade do Colorado vem ganhando preferência entre os endinheirados que buscam um imóvel fora do país, seja pensando em uma segunda residência, seja como investimento. O que pesa a favor dessa aposta é a escassez de terrenos na região, o que sugere um potencial ainda grande de valorização desses imóveis.

Segundo Tony Marx, brasileiro proprietário da corretora Aspen Concept,  o interesse de brasileiros por Aspen cresceu nos últimos anos por causa de oportunidades imobiliárias atrativas, aliadas às atividades esportivas e culturais – com destaque inequívoco do esqui. “Esse é o esporte que mais cresce no mundo, e não tem a possibilidade de haver outro ski resort nos Estados Unidos”, diz. “Ao mesmo tempo, sem praticamente nenhum terreno disponível, os preços não param de subir, e ainda há potencial de valorização.”

Aspen tem cerca de 7 mil habitantes, e recebe aproximadamente 1,5 milhão de turistas por ano. A alta temporada é, sem dúvida, o inverno. “Mas o brasileiro também está descobrindo a região no verão, quando a temperatura é mais amena, entre 24 e 20 graus, e existem outras atrações, como mountain bike, polo, além de festivais de música”, diz. Isso justifica, segundo ele, a preferência por parte de alguns clientes pela cidade, em detrimento de destinos já conhecidos, como Miami e Orlando.

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Mas tem muita gente procurando Marx pensando apenas em investimento. “Tenho clientes que nunca dormiram nas unidades que compraram, fizeram um investimento para alugar o imóvel”, diz.  Muitos desses clientes pagam o imóvel à vista e, com a locação, conseguem um retorno entre 5% a 7% ao ano, em dólar.

Marx, que mudou para Miami em 2015 e há cinco anos se consolidou em Aspen. Inicialmente, ele atuava como guia turístico, atividade que cresceu e resultou em uma das maiores operadoras de turismo em Aspen. Em pouco tempo, ele enxergou a oportunidade de atuar no setor de real estate.  Em três anos, sua empresa faturou US$ 110 milhões. Somente no mês de fevereiro, as vendas de imóveis somaram US$ 22 milhões – 100% destinadas a clientes brasileiros.

Outra frente de sua empresa é a organização de eventos – que acaba sendo uma estratégia para a divulgação da região para potenciais turistas e também investidores. Esse braço conta com a parceria da XP, que patrocina desde 2022 o complexo Aspen/Snowmass, em um contrato de cinco anos. Trata-se da primeira vez que uma instituição brasileira patrocina um ski resort.

Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.