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Nova área em Mato Grosso “trará Ebitda importante”, diz executiva da BrasilAgro

Os quase 4,8 mil hectares em Novo São Joaquim produzem soja, milho e algodão 

Fernando Lopes

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Localizada em uma região agrícola consolidada e de elevada produtividade, a área de 4.767 hectares que será assumida pela BrasilAgro em Novo São Joaquim (MT) com a aquisição da Companhia Agrícola Novo Horizonte deverá ser um importante reforço para os negócios operacionais da companhia já a partir da próxima safra (2024/25), cuja semeadura terá início em setembro. Fechada por R$ 36,4 milhões, a transação depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Novo Horizonte atraiu a BrasilAgro por deter o contrato de arrendamento da área em questão. Ainda válido por 16 anos, esse contrato foi firmado pelo equivalente a 13 sacas de 60 quilos de soja por hectare por safra, valor que pode ser considerado baixo numa região em que negócios do gênero saem atualmente por entre R$ 15 e R$ 18. Novo São Joaquim está a cerca de 100 quilômetros de Primavera do Leste, polo onde estão presentes as principais tradings agrícolas e algodoeiras que atuam no país. Trata-se da terceira área de produção da companhia em Mato Grosso.

Segundo Ana Paula Zerbinati, head de relações com investidores e mercado de capitais da BrasilAgro, a nova propriedade, que conta com 670 hectares irrigados, representará um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) “importante” para a companhia. A expectativa é cultivar soja e algodão sequeiro na safra de verão, e algodão e milho sequeiro na safra de inverno. Na região, a produtividade da soja costuma superar 60 quilos por hectare.

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Ana Paula Zerbinati, head de relações com investidores e mercado de capitais da BrasilAgro (Crédito: Empresa/Divulgação)

A executiva esclareceu a jornalistas, nesta quarta-feira, que o valor total negociado inclui dívidas de pouco mais de R$ 10 milhões, maquinários, cinco pivôs de irrigação e o prêmio do arrendamento. A BrasilAgro continua atenta a oportunidades de arrendamento de áreas em regiões agrícolas consolidadas, sempre com o intuito de dar fôlego a seus resultados operacionais. Para a aquisição de propriedades, o foco está em áreas de pastagens passíveis de transformação – e, com isso, de valorização, para posterior venda.

A BrasilAgro encerrou o primeiro trimestre do ano com receita líquida total de R$ 272,2 milhões, e R$ 271,8 milhões vieram dos negócios operacionais, que envolvem a produção de grãos, fibras e bioenergia. Nesta safra 2023/24, a área plantada total da empresa alcança cerca de 180 mil hectares. O plantio em áreas próprias se espalha por 55% desse total, enquanto as áreas arrendadas representam quase 40%. A diferença é formada por áreas que a empresa arrenda para terceiros.